segunda-feira, 2 de março de 2009

Bruxas e Frances




As bruxas daqui, são bruxas versões mais fantásticas e monstruosas, diferente da convencional anglo saxã, que insistem colocar como a nossa. Um amigo me contou, pois eu sou de fora da cidade, natural de São Paulo mas criado aqui, de que as bruxas, foram assimiladas também as prostitutas do local, que andavam seminuas berrando descaradamente os seus preços enquanto andavam de cavalo em certas regiões, a noite. Além de muitas histórias sobrenaturais, como risos no meio da noite, risos animalescos, e pessoas metamorfas, mariposas que sugam o sangue de crianças e coisas do gênero.

Rodrigo de Haro – Amigo da Labareda – 1991 – Pag. 19

Bruxas

Tormenta das bruxas na cozinha
cozinha das bruxas
na tormenta...

Quem as deslinda?

Ao carnaval do píncaro
na sombra
acodem enlaçadas
mas sozinhas
as filhas pressurosas
do absinto.

Que sementes esmagam
silenciosas? Que naufrágios
programam soleares?

Dedos cantantes on-
dulantes sábias vão
cozendo de verbenas sangues
na mesa corcunda
que fogareiros
cavalgam.

Quem sozinho as deslinda?
Que enumera tríplice
as alimárias
e os vestígios nas cinzas?
São as bruxas da cozinha
na tormenta.


Vinte Luas

Sobre a saga de Isomerick
primeiro carijó a visitar a frança, tendo por promessa ir ao local para aprender coisas como a escrita e a pólvora, porém goneville não conseguiu cumprir a promessa e levar ele de volta, dando apara ele então uma vida digna, títulos e um casamento. é o segundo relato das terras brasileiras, quem tiver interesse dêem uma lida no livro homônimo "vinte luas".

Vinte Luas

São vinte luas o prometido,
nem sei se estão mais me esperando
não sei se caso eu cá, voltando
pra lá, serei reconhecido.

Nem sei se estão se relembrando,
de mim ou estão já falecidos,
são vinte luas o prometido,
nem sei se estão mais me esperando

Minha missão, tudo aprendido,
e as vezes sonho recordando,
a minha infância, mas cá retido
nos anos tantos, vão passando
das vinte luas, o prometido...

Marcel Angelo



Resenha do livro:
Em 1503, o comerciante francês Paulmier de Gonneville parte numa viagem em busca das "belas riquezas das Índias". Após zarpar do porto de Honfleur, na Normandia, sua nau desce o Atlântico ao largo da África e perde a rota. Em janeiro do ano seguinte, o comerciante aporta em terras desconhecidas: sabe-se hoje que ele se encontrava no litoral de Santa Catarina. Durante seis meses, Gonneville convive com os índios carijós. Ao voltar para a França, leva o filho do cacique, prometendo devolvê-lo no prazo de vinte luas. Se cumpre ou não a promessa, este é apenas um dos lances romanescos saborosamente narrados por Leyla Perrone-Moisés nesta particularíssima história de "descoberta" do Brasil.

Título: Livro - Vinte Luas

Subtítulo: VIAGEM DE PAULMIER DE GONNEVILLE AO BRASIL: 1503-
Autor: Leyla Perrone-Moises

Um comentário:

  1. Marcel,

    muito obrigado pela visita ao meu blog e pela sua dica. Peço desculpas pelo pobre triolé que tentei fazer (afinal, é impossível não sentir vergonha após ler teus triolés, rondéis e rondós abaixo), tentei fazê-lo apenas como experimentação e a única referência que eu tinha era um de Neil Gaiman em Sandman 4 (sim, uma história em quadrinhos).

    Agradeço bastante pela dica (e pelo triolé que você postou, aqui, no seu blog, que servirá de exemplo), tentarei melhorar um pouco nos próximos, caso sinta interesse em continuar lendo meu blog. Mas desde já aviso que minha "praia" são contos curtos e a poesia é algo que estou apenas começando a praticar. De toda forma, adicionei teu blog ao leitor de rss, afinal, só se aprende pelo exemplo, certo?

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