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sábado, 3 de agosto de 2013

Duas propostas









Duas propostas

Vou voltar,
com todos os sonhos censurados,
e todos os desejos,
terminar cada conto.
Compor cada verso
com as rimas pensadas.
Num desafio de amor
nas cordas da viola.


Eu vou voltar, pra além mar,
com os meus sonhos censurados,
os meus desejos selados,
cada conto terminar
rima dada, velho fado
em desafio de amor
pelas cordas de viola,
nas mais longa barcarola
pois seja pelo que for,
meu destino desenrola.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Décima - Trova

Décima

Tarde de chuva, cá na cama em meu quarto,
lembro de tardes vivas, tais girassóis
lembram de cores claras, dos arrebóis
feitos de tardes soltas dos meus retratos
destas memórias claras desses meus fatos,
tardes de mares, rios de quem partiu
presos em Letes, homens e seus navios
dormem no fundo destas tempestades
nestes sertões de minhas soledades
chove lá fora e aqui faz tanto frio...

Trova

Tem trovões brandindo longe,
pelas nuvens carregados,
com a chuva derradeira
limpando o ar maculado.

Poema de agosto, roubei o mote da Nay ...
nas chuvas de agosto...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tal numa tarde sem vento com jeito igual fim de tarde.


Tal numa tarde sem vento
com jeito igual fim de tarde.

Nesse mundo azul, sem tino
eu vi perde-me nos carros
tal fumaça de um cigarro
lá nos tempos de menino
sendo um mero inquilino
nas histórias de descarte
dessas vidas sem ter parte,
que se vão na mão do tempo
tal numa tarde sem vento
com jeito igual fim de tarde.


As memórias se perdendo
no consolo da bebida,
vai passando enfim a vida
tal numa tarde sem vento
vou vendo o mundo morrendo
num ar silente que arde
um mudo grito de alarde
nos olhos, meros mortais,
naufrágios em meus quintais
com jeito igual fim de tarde.


Quando começar as aulas, volto a aparecer...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Bufão


Poema de velho tema....
Mudando assim como eu.


“41 . Tendência a apresentar um lado “criança” que aparecerá, por toda a vida, na forma de brincadeiras, humor refinado, caprichos, pensamentos mágicos e intensa capacidade de fantasiar fatos e histórias.”
Mentes Inquietas
Ana Beatriz B. Silva


Brincadeira

Um bufão congela
lá nas terras d'urso,
só lá, vê seu curso
e anceia por ela,
menina aquarela
que em beijo de impulso
mostrou quanto d'uso
outros tinham dela.
Menina tão bela
presa em parafuso...

Meu chapéu tem pontas
d'ólhos pendurados,
medos conjurados,
tanta coisas tontas.
E a vida desmonta
em sóis fracassados,
sonhos que largados
ao prático afronta.

Menina aquarela,
boneca alfenim
não vira p'ra mim?
Sua face rebela
e enfim se esfarela
em algo ruim,
tão turva no fim
no olhar de candela.

Menina aquarela,
seu jeito de chuva
seu outrora enturva
as cores na tela..
Seu olhar não revela,
são cores confusas
dos sóis bem abusas,
nos panos tão finos
de tão fraco tino,
suas voltas na blusas...

E meu guarda-chuva
te envolve na treva,
carona que leva
de mão, de mão e luva
e chagas tão ruivas,
num canto do tempo
perdido momento
das chances que esvaem
em ontens que caem
no meu sofrimento.