sábado, 25 de julho de 2015

A vila


A vila

A dor  dos que não sabem  brincar, 
Na roda se perdendo no centro.
E tão fora do lugar.
Estão longe tão dentro.
Da brincadeira.
É
De brincadeira
Tanta dor
Nessa roda.
Roda criança.
A vida é esperança
Nessa ciranda
Não mais adianta.
A sua mão
Não tem par
Não vai dar
Não.
As crianças nas cirandas
Mostram os dentes
Numa dança não adianta
Mostram os dentes
Serram os dentes
Estes dentes
Dizem não.
E quando tudo acaba
A marca das mordidas
vão pra além do ensino médio.
E quando o céu desaba
num desdém de fino tédio.
A farsa de sua vida
É o centro da roda.
Eles dizem,
Você não está na brincadeira.

Fica o dia que eu ouvi,
chavão antigo...
Eles riem de ti,
não contigo.