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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Triolé - Arquétipo


Eu vi a mim mesmo, bem ali
com outro tu, todos iguais.
Contigo conversava sem ti!
Pois vi a mim mesmo bem ali
eu vi sim, juro cá que eu vi
velhos temas, rostos não mais
pois vi a mim mesmo bem alí
com outro tu, todos iguais.

Padrões

Eu vi padrões nas janelas,
que repetindo desbrotam
noutros temas, velhas telas
eu vi padrões nas janelas
novas telas, velhos temas,
roteiros nunca desbotam
eu vi padrões nas janelas
que repetindo desbrotam.


sábado, 16 de março de 2019

Perdidos - Triolé



Ah de dançar quem não sabe dançar
e se morremos havemos dançado,
já que se estamos co'o peito a queimar
ah de dançar quem não sabe dançar
com os açaimos lançados ao mar,
com os sapatos de alguém enforcado
ah de dançar quem não sabe dançar
e se morremos havemos dançado!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Trioles - Tema "trilha"

 
São como trilhas numa mata
que o tempo cobre e distorce,
memória feita de folhas fartas
são como trilhas numa mata
que em velhos cantos desata
devora morde e contorce
tal como trilhas numa mata
que o tempo cobre e distorce.

Vertendo trilhas na floresta
memórias mancham as clareiras
vão coagulando  pelas frestas
vertendo trilhas na floresta
manchando o espaço que se infesta
ceifado pelas carpideiras
vertendo trilhas na floresta
memórias mancham as clareiras.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Tema: O vento varre a tarde inteira.


Triolé I

O sal do mar conserva e o vento
o vento varre a tarde inteira,
o sal do mar que parte ao alento
o sal do mar conserva o vento
e versa o ar no cal do tempo,
desfaz e traz nossa poeira.
O sal do mar conserva, e o vento?
Vento nos varre a tarde inteira.



Triolé II

O vento varre a tarde inteira
o pátio dentro dessa escola,
redemoinhos de sujeira
o vento varre a tarde inteira
o que restou, nossa poeira
memória nossa nos assola
e o vento varre a tarde inteira
o pátio dentro dessa escola.



Triolé III

Regurgita o mar o sal na areia,
e o que desenterra exterioriza
retornando outro, o que arpeia
regurgita o mar, o sal na areia
o vento o varre a tarde inteira
corrói, digere, pereniza,
regurgita. E o mar, o sal na areia
o que desenterra exterioriza.

sábado, 15 de dezembro de 2018

Sorvo




Eu vou trazer meus versos comigo,
como um jazigo drenar, dragar
restos, farelos que'u consigo
eu vou tragar, meus versos comigo
como um destino assim aziago
tragar até que'u vá engasgar
eu vou trazer meus versos comigo,
como um jazigo drenar, dragar.

sábado, 24 de novembro de 2018

Exaustão - Triolé



Exaustão

Pelas tardes de domingo
tem quem se atire nos carros.
Quebrando vidros e indo.
pelas tardes de domingo.
Aos gritos chorando e rindo
arde e queima tal cigarro
pelas tardes de domingo.
Tem quem se atire nos carros.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Triolé- Mofo





Está frio, molhado e chovendo

e o mofo entra na derme.
Se está  tudo apodrecendo,
esta frio, molhado, chovendo 
e o mundo morrendo e retendo
Calor, tão convulso em seu cerne
se esta frio, molhado e chovendo 
e o mofo entra na derme.

domingo, 19 de novembro de 2017

Triolé-Café

Link da imagem

Café passado na tarde,
 em um apartamento
é da memória dessarte,
café. Passado na tarde,
sentido, sentir-se parte,
perfuma a tarde o momento,
café passado na tarde 
em um apartamento.

Triolé

Todos morrem, todos nascem
e só quero ir pra casa,
eles sabem o que fazem.
Todos morrem, todos nascem
sem que nem desconfiassem,
quem não joga abre as asas.
Todos morrem, eles nascem
e só quero ir pra casa.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Triolés




Nesse vento no meu quintal,
as folhas morrendo estão aqui.
Ele as trouxe, não foi por mal
esse vento no meu quintal.
 Ele trouxe tão natural
os restos de mim que perdi
 nesse tempo, no meu quintal
 as folhas morrendo estão aqui.

 (não sei se pode, mas mudei o penúltimo verso, apenas duas letras.)

 A vida despreparada
 no escuro ausente e eterno.
Emerge um brilho do nada,
 a vida despreparada
 tão breve a ser apagada
sem fé, nem céu, nem inferno
no escuro ausente e eterno
 a vida despreparada.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Triolés


link da imagem

Triolés

Azul de mar e o mar é anis,
um gosto azul que se retém
na ânsia o vão que se mantém
azul, de mar e o mar é anis
e céu de mar azul também
a liberdade que se tem
azul de mar, e o mar é anis
um gosto azul que se retém.

O sol vingou no dia claro,
tudo murchou na estação.
Primavera o desamparo
o sol vingou num dia claro
e tudo tornou-se tão caro.
E reluziu a situação
o sol vingou num dia claro
tudo murchou na estação.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Triolé

 

Triolé

Tem um mundo todo lá fora,
no silêncio tudo acontece
como tudo que se ignora
tem um mundo todo lá fora
e se perde tudo no agora
quando preso, tudo fenece
com um mundo todo e lá fora
no silêncio tudo acontece.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Triolés



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Triolé - Melaço

Meu mundo foi cair nos teus braços,
e acabou se despedaçando,
no fundo de um mar de melaço
meu mundo foi cair nos teus braços
sem voz, sem ter luz e sem espaço
tão perdido e sem ar, arfando
meu mundo foi cair nos teus braços
e acabou se despedaçando.

Triolé - Fumaça

Erguem-se nos céus essas fumaças,
no além d’arranha-céus tão impotentes
são almas de chumbo, tais desgraças
erguem-se nos céus, essas fumaças
encardem n’um breu toda’as vidraças
e entopem a existência dessa gente,
e erguem-se fantasmas da fumaça
no além d’arranha-céus tão impotentes.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Fim de Tarde e Resistência



Torpor de fim de tarde
é mar de estradas vagas
e a perda e o eterno alarde...
Torpor do fim, na tarde
que tanto e tanto arde
no olhar de quem me apaga,
torpor de pó das Tardes
num mar de estradas vagas.



Resistência

Eu escrevo um Soneto ultrapassado,
n’um tempo perdido do presente
querendo envolver-me de repente
em todos os dias abandonados.

Em rimas ruins e comoventes
eu escrevo um soneto amarrotado
na Fome de tudo e do Passado,
prendendo a torrente d’entre os dentes.

Montando meu Forte em metro e rima,
enfrento a ferrugem e o bolor
que o tempo me guarda com seu cerco.

Suas tropas são vagas assassinas
com mares e mares de um pavor
n’um mar de relógios... E me perco.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Passagens, candelas, preces e epitáfios


Podem estar um pouco confusos, estes dois triolés e este rondel...
Apesar de que eu gostei deles, de “Prece” e “Epitáfio” especialmente.

Epitáfio é o mais antigo, de anos atrás, mas o vejo como um presente, com uma história por trás, mas uma história um pouco triste... Eu o reformei, e acho que está melhor, bom, eu mesmo acho que o eu de antes concordaria comigo agora...

Candelas foi feito durante uma aula, na verdade antes dela começar, disciplina de América Portuguesa, porém as caravelas podem não ser embarcações.

Prece foi feito acho que do domingo passado para segunda...

Bem, a gramática nunca foi o meu forte.

...

Passagem

“Querem escutar os tépidos nomes,
sombras de memória antiga e dormente,
querem escutar os tépidos nomes,
mortos sem porvir e sonhos dolentes,
alma que sem fogo enfim se consome
toda no passado, imersa em rancores
toda na memória estéril que some
leve como tempo e estanca-se as dores.”

Candelas

Caravelas perdidas ao vento,
naufragadas no azul d’oceanos,
são refúgios d’azuis pensamentos,
caravelas perdidas ao vento
são anacrônicas sombras de tempos
tão estrangeiros, no abismo dos anos
são candelas perdidas ao vento
naufragadas no azul d’oceano...

Epitáfio

Tu foste as cores dos planetas,
os pendurados no meu quarto
e foste as luzes, foste feita
de tod’as cores dos planetas
e foste os mundos, a luneta
que mostra os mundos no qual parto
e foste as cores dos planetas,
os pendurados no meu quarto.

Prece

Volte como a volta de um passado,
vezes some e às vezes reaparece
feito um sonho vago que fenece
n’um antigo mundo abandonado.

Volte pela noite que padece...
Pelo sonho fraco e inacabado
volte como a volta de um passado.
Vezes some, vezes reaparece...

Volte como os traumas naufragados
pela trama velha que esmaece.
Para os nossos sonhos ofuscados
volte como o dor que fez a prece.
Volte como a volta de um passado.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Triolé




Triolé

Versejar aos sonhos vencidos,
num cantar de corte e calor
e nos ventos feito um vapor
num cantar de corte e calor
os meus sonhos vou recompor
em fumaça e nuvem, relidos
no horizonte eterno a se pôr,
versejar de sonhos vencidos
num cantar de corte e calor.

Acho que ficou meio pitoresco...

Fiz de impulso,achei que deia escrever e fiquei viajando no tema,
espero que gostem...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Desterro

Desterro: Chuva e bruma,
e minha alma fria
nos tempos idos fuma
Desterro, chuva e bruma
e o pó do livro uma
antiga lenda envia
(Desterro: Chuva e bruma)
á minha alma fria.

Desterro, chuva, bruma
e minha alma solta...
Desterro e chuva e bruma
que em ventos formam dunas
de um mar que não mais volta,
Desterro e chuvas, brumas
em minha alma solta...

Desterro, chuva e bruma
dos tempos frios, do vento
que em ondas vai e espuma
Desterro, chuva e bruma,
e não se vê nenhuma
menção de cal, cimento.
Desterro chuva e bruma
dos tempos frios, do vento!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Triolés




Momento melancólico, tarde deprê resultando de uma sexta feira fracassada, ouvido estourado e escutando cocteau twins no pc que desliga toda vez que tento jogar algum jogo, preciso mandar para o técnico ou alguém que facha curso disso no cefet... Talvez...

Tenho de baixar algumas scans mas perdi o link, meu aniversário é dia 6 de abril e eu tenho ascendência em touro... É eu sou meio lesado... Acho que não é uma boa combinação, impulsivo e retraído, ponderado e inconseqüente, tímido e extrovertido... É querer agarrar alguém e encher de beijos e simplesmente sentar ao lado dessa pessoa. É, até que é legal...

E por falta de tempo e de fotos estou repetindo algumas hehehe, pois bem me matem, aliás, obrigado pelos memes mas no momento acho que não tenho contato com blogs o suficiente, e estou procurando alguns que eu já lia, mas isso vai demorar um tempinho...
Dae eu repasso os atrasados.
Mas de qualquer forma, agradeço a consideração.

Talvez os triolés estejam bons a questão é que, nesse estado de espírito, as coisas saem um pouco translúcidas e vagas, não tem muito gosto. Não tão forte e nem muito colorido...

A vida...

A vida da volta e apenas,
girando vai se perder...
Assim repetem centenas,
a vida da volta e apenas
as cores mudam na cena
sem nunca enfim perceber..
A vida da volta e apenas
girando vai se perder...

Escola

Nessa escola passei dois anos,
raro me foi gostar disso
raro momento inumano,
Nessa escola passei dois anos,
e o governo a traz dos panos
privatizou tudo isso,
nessa escola passei dois anos,
raro me foi gostar disso.

Triolé

Foram momentos lindos, tão belos
fora um passado findo em esmero,
fora carmim fervendo de anelo
foram momentos findos tão belos
que não, não quero um fim de flagelos
rancor em raiva fútil, não quero!
Foram momentos findos tão belos
fora um passado findo em esmero.

Otimismo

Amanhã vai ser melhor,
como todo e tantos dias
me será sempre o que for
Amanhã vai ser melhor,
ou talvez será pior
em promessas, na utopia
que amanhã será melhor
como todo e tantos dias!