segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Despedida



Despedida

Um boneco no jardim jogado
descascando pela maresia,
esperando se lembrar.


Eu vi o mar me levar embora,
onde o tempo pesa na fortuna
mas queremos retornar.

Uma casa a se perder de vista
e as noticias todas tão difusas
diluindo na varanda.

Eu vi o  vento corroer  a tinta
entre as cores ao sangrar meus olhos
fica a íris cinzentada.

Todo o mato já cresceu  sozinho,
Onze Horas  cresce pela casa
se alastrando pela sala.

Marca a hora que morreu por dentro,
marca o tempo que morreu comigo
esquecido  no jardim.