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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Rondel - Súplica






BERENICE ABBOTT (1989-1991)
Cocteau's Hand on Mask of Antigone, 1927

Rondel: Súplica 

Dai-me um tiro, dai-me um tiro
enfie esta faca em mim,
eu quero que a vire assim
enquanto ainda respiro.

Olhe em meus olhos, se inspiro
sente este gosto ruim?
Enfie esta faca em mim! 
Dai-me um tiro, dai-me um tiro!

A vida um horrível sim
e em cada medo um retiro,
almejo um afago enfim
dai-me um tiro, dai-me um tiro!
Enfie esta faca em mim!

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Rondel Augúrico

Meu fígado alguém me arranque
e leia o destino fosco
se morro com meu desgosto
deitado em trapiche, estanque.

Boneco sou e sou tosco
e peço, me desencante
e o fígado alguém me arranque
e leia o destino fosco.

Meu fígado brilha a sangue,
destino reluz já posto
e as marcas são o bastante
pra dor eu sentir o gosto...
Meu fígado alguém o arranque.

sábado, 1 de setembro de 2018

Mataram As Fadas







Mataram As Fadas

Mataram de vez todas as fadas
e nada mais restou, nada resta
o mundo se acabou nesta festa
de corte com pessoas cizentadas...

As vezes eu procuro nas frestas
buracos no reboco, mas nada
mataram de vez todas as fadas
e nada mais restou, nada resta...

O mundo tem sua cor apagada
no efeito da rotina indigesta
e as cores da memória arruinada
é dor! Dor do remorso na testa!
Matamos de vez todas as fadas!

Reescrevendo um rondel muitos anos de idade, vendo o como envelheci.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Revolução





Revolução

Soa como caos, liberdade
que gera o sumo essencial
de águas turvas do abissal
mistério desta realidade.

E pouco importa o bem e o mal,
pois tudo esmera com vontade
(soa como caos) liberdade.
Que gera o sumo essencial.

O tudo muda e o tudo arde
num grito belo e gutural,
só resta em si fertilidade
de um ventre rubro e imparcial,
soa como caos, liberdade.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Desapego


LINK DA FOTO

Desapego

A vida passa no meu quintal
e na janela tudo esmaece.
Estando fora, o mundo carece
de algo eterno e algo banal.

E a chuva borra a tinta e desce
os traços feitos pelo real.
A vida passa no meu quintal
e na janela tudo esmaece

Sentado olhando tão natural
os prédios, a luz que parece
dizer que tudo é casual
e a vida morre e apodrece
e a vida passa no meu quintal.

Estou um tanto sem tempo para nada, me custou encontrar um segundo para estes dois poemas, fiz também um dentro do tema do rondel, que é Paisagem, que postarei mais tarde.
Obrigado á todos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Passagens, candelas, preces e epitáfios


Podem estar um pouco confusos, estes dois triolés e este rondel...
Apesar de que eu gostei deles, de “Prece” e “Epitáfio” especialmente.

Epitáfio é o mais antigo, de anos atrás, mas o vejo como um presente, com uma história por trás, mas uma história um pouco triste... Eu o reformei, e acho que está melhor, bom, eu mesmo acho que o eu de antes concordaria comigo agora...

Candelas foi feito durante uma aula, na verdade antes dela começar, disciplina de América Portuguesa, porém as caravelas podem não ser embarcações.

Prece foi feito acho que do domingo passado para segunda...

Bem, a gramática nunca foi o meu forte.

...

Passagem

“Querem escutar os tépidos nomes,
sombras de memória antiga e dormente,
querem escutar os tépidos nomes,
mortos sem porvir e sonhos dolentes,
alma que sem fogo enfim se consome
toda no passado, imersa em rancores
toda na memória estéril que some
leve como tempo e estanca-se as dores.”

Candelas

Caravelas perdidas ao vento,
naufragadas no azul d’oceanos,
são refúgios d’azuis pensamentos,
caravelas perdidas ao vento
são anacrônicas sombras de tempos
tão estrangeiros, no abismo dos anos
são candelas perdidas ao vento
naufragadas no azul d’oceano...

Epitáfio

Tu foste as cores dos planetas,
os pendurados no meu quarto
e foste as luzes, foste feita
de tod’as cores dos planetas
e foste os mundos, a luneta
que mostra os mundos no qual parto
e foste as cores dos planetas,
os pendurados no meu quarto.

Prece

Volte como a volta de um passado,
vezes some e às vezes reaparece
feito um sonho vago que fenece
n’um antigo mundo abandonado.

Volte pela noite que padece...
Pelo sonho fraco e inacabado
volte como a volta de um passado.
Vezes some, vezes reaparece...

Volte como os traumas naufragados
pela trama velha que esmaece.
Para os nossos sonhos ofuscados
volte como o dor que fez a prece.
Volte como a volta de um passado.

sábado, 15 de maio de 2010

Extravio

Extravio

Levaram as suas lembranças
nas chamas dessas fogueiras
que brilham tão feiticeiras
pr’os olhos de suas crianças.

Seus nomes são verdadeiras
estórias, boba esperança,
levaram as suas lembranças
nas chamas dessas fogueiras.

Lembranças queimam na dança,
e em cada vil brincadeira,
e em cada trauma, vingança
das noites tão, tão faceiras,
que levam as suas lembranças.
-------------------------------
Outro rondel um tanto confuso...
Não ando numa boa fase...
Esse tema ta virando uma idéia fixa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Navio Fantasma e Reciclagem




Navio Fantasmas

Nas névoas do sonho e do sono,
um navio mercante navega
nas vagas da raia das memórias.

E entre o que foi no abandono
pro fundo do mar que os carrega
aos cantos remotos da história,

o barco no tempo perdura
nas velhas missões lá de antanho,
dos tempos perdidos pra sempre.

Perdido num mar que fulgura
á mundos distantes e estranhos
de azul profundo e latente.

E o barco mercante permuta
no sumo dos mortos e d’outros
co’a forma dos vivos, matéria.

Carregam nos ombros a culpa
de um crime nefando, tal monstro
movido a dinheiro e miséria.

Levavam escravos aos montes
e em meio ao desespero e tortura
morriam no oceano os perdidos...

E poucos no instante da morte
diziam maldições na amargura
e muitos no fim são atendidos...

E certas figuras tomaram
o barco e fizeram cativos
os homens culpados por tudo,

E presos pra sempre ficaram,
no barco no fim, não mais vivos,
são homens sem rostos, são mudos.

E inda se vê o seu perfil
nos sonhos jogados ao mar,
é um barco distante na bruma.

Por causa de um ato tão vil,
lá estão, no destino a vagar
p’ra casa e p’ra terra nenhuma.

Nas névoas do sonho e do sono,
um barco mercante navega
nas vagas da raia das memórias.

E entre o que foi no abandono
o barco fantasmas carrega
um sopro perdido da história.

Reciclagem

Lá nas vagas que vão, a sua imagem
d’esse seu rosto sem massa e sem cor,
no esquecimento e pelo torpor,
vai se afundar no breu e na friagem.

E vêm as vagas, vão elas repor
os velhos erros e as mesmas roupagens.
Lá nas vagas que vão, co’a sua imagem
desse seu rosto sem massa e sem cor.

Vêm tantos outros das mesmas viagens,
rostos de areia que bem vão decompor.
Lá nas vagas que esvaem, reciclagem,
só mais um rosto que esvai sem valor
lá nas vagas que vão, co’a sua imagem.


Estou sem poder entrar na net e quando entro estou sem um pen drive, hoje foi um caso a parte.
Se conseguir o emprego que espero conseguir, vou por uma dsl em casa...
Até lá...
Vou estar ausente...

sexta-feira, 13 de março de 2009

Amantes Solitários

Amantes Solitários

No olhar dos amantes solitários,
platônico amor, tão miserável,
um brilho queimando indecifrável
tal vela de luto mortuário.

Um sonho de amor tão legendário,
no Gelo a esperança impenetrável,
platônico amor, tão miserável,
no olhar dos amantes solitários,

Nas nuvens, além dos legionários
humanos, langores de insondável
Anelo... Tão além do imaginário
Segredo... poético e inefável
o Olhar, dos amantes solitários...

Sobre uma estrofe que li em Francês, em um livro do Gonçalves Dias, não que realmente eu entenda francês....

quarta-feira, 4 de março de 2009

Revel - Soneto - Rebeldia - Rondel


Revel

Um mundo escuro, sem futuro
bem rege os erros que me cercam
sem ar no vasto me esconjuro,
sem vóz revólto ao que disseram...

Sem ar sem cor, sem vóz no escuro
sem velhos sonhos que me velam.
Se ter um Dom ao qual procuro,
sem ter segredos que me esperam...

Um cinza em féu, d'um amargor,
que piso cada dia enfim...
Diante e só, só para mim...

Um mundo vão, com seu torpor,
e cada vez que piso ao léu,
minh'alma sangra o azul do céu!


Rebeldia

Mas eu amo a melancolia!
Vão falar o que bem quiserem,
nos meus mundos não se metem,
no clichê de minha porfia!

Eu sou feliz nessa utopia,
desse viver todos diferem,
vão falar o que bem quiserem,
Mas eu amo a melancolia!

Sou um clichê em minha poesia,
não sou nada que eles querem,
minha rima é porcaria,
mas jamais serei o que pedem!
Pois eu amo a melancolia!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Bruxas e Frances




As bruxas daqui, são bruxas versões mais fantásticas e monstruosas, diferente da convencional anglo saxã, que insistem colocar como a nossa. Um amigo me contou, pois eu sou de fora da cidade, natural de São Paulo mas criado aqui, de que as bruxas, foram assimiladas também as prostitutas do local, que andavam seminuas berrando descaradamente os seus preços enquanto andavam de cavalo em certas regiões, a noite. Além de muitas histórias sobrenaturais, como risos no meio da noite, risos animalescos, e pessoas metamorfas, mariposas que sugam o sangue de crianças e coisas do gênero.

Rodrigo de Haro – Amigo da Labareda – 1991 – Pag. 19

Bruxas

Tormenta das bruxas na cozinha
cozinha das bruxas
na tormenta...

Quem as deslinda?

Ao carnaval do píncaro
na sombra
acodem enlaçadas
mas sozinhas
as filhas pressurosas
do absinto.

Que sementes esmagam
silenciosas? Que naufrágios
programam soleares?

Dedos cantantes on-
dulantes sábias vão
cozendo de verbenas sangues
na mesa corcunda
que fogareiros
cavalgam.

Quem sozinho as deslinda?
Que enumera tríplice
as alimárias
e os vestígios nas cinzas?
São as bruxas da cozinha
na tormenta.


Vinte Luas

Sobre a saga de Isomerick
primeiro carijó a visitar a frança, tendo por promessa ir ao local para aprender coisas como a escrita e a pólvora, porém goneville não conseguiu cumprir a promessa e levar ele de volta, dando apara ele então uma vida digna, títulos e um casamento. é o segundo relato das terras brasileiras, quem tiver interesse dêem uma lida no livro homônimo "vinte luas".

Vinte Luas

São vinte luas o prometido,
nem sei se estão mais me esperando
não sei se caso eu cá, voltando
pra lá, serei reconhecido.

Nem sei se estão se relembrando,
de mim ou estão já falecidos,
são vinte luas o prometido,
nem sei se estão mais me esperando

Minha missão, tudo aprendido,
e as vezes sonho recordando,
a minha infância, mas cá retido
nos anos tantos, vão passando
das vinte luas, o prometido...

Marcel Angelo



Resenha do livro:
Em 1503, o comerciante francês Paulmier de Gonneville parte numa viagem em busca das "belas riquezas das Índias". Após zarpar do porto de Honfleur, na Normandia, sua nau desce o Atlântico ao largo da África e perde a rota. Em janeiro do ano seguinte, o comerciante aporta em terras desconhecidas: sabe-se hoje que ele se encontrava no litoral de Santa Catarina. Durante seis meses, Gonneville convive com os índios carijós. Ao voltar para a França, leva o filho do cacique, prometendo devolvê-lo no prazo de vinte luas. Se cumpre ou não a promessa, este é apenas um dos lances romanescos saborosamente narrados por Leyla Perrone-Moisés nesta particularíssima história de "descoberta" do Brasil.

Título: Livro - Vinte Luas

Subtítulo: VIAGEM DE PAULMIER DE GONNEVILLE AO BRASIL: 1503-
Autor: Leyla Perrone-Moises

domingo, 1 de março de 2009

Algumas Formas




Epitáfio para C.

Tu foste as cores dos planetas,
dos pendurados no meu quarto
tu foste as luzes, foste feita
de todas cores dos planetas
tu foste os mundos, a luneta
que mostra os mundos no qual parto,
tu foste as cores dos planetas,
dos pendurados no meu quarto.

Tempestades

No céu furioso, cinza e azul
rugiam estrondos incessantes
e desciam uivos sufocantes
pelas legiões que vem do sul.

De mares frios, de muito antes,
de olharmos para mundo algum
no céu furioso, cinza e azul
rugiam estrondos incessantes.

E se arrastando em vento sul,
vão por oceanos, retumbantes
por continentes e nenhum
pôde ver as almas fascinantes
no céu furioso, cinza e azul.

Miragem

Fachos de luzes cercam a lamparina,
em seus desejos dançam corrompidas,
ímpias seduzem, todas seduzidas,
as mariposas voam! Essas meninas...

Fadas singelas velam esmaecidas,
e crepitando soltam sua morfina
cá nos meus olhos podres! Me fascina,
a delicadeza opaca das perdidas.

Tais mariposas deixam suas escamas,
nos delicados toques de meus dedos,
como se fosse leve maquilagem...

Tais mariposas queimam em suas chamas,
apaixonadas perdem seus segredos,
para morrer na estúpida miragem!


Rondó

Óh! Mãe tranque todas frestas,
pois as certas mariposas
nele pousam e sua alma
se deságua e a levarão.

Em um berço, no balanço
dorme um anjo tão sozinho
muito frágil o garotinho
no descanso de algodão.

Dorme o anjo no enfadonho
do balanço, cobertores
nos ursinhos protetores
nos seus sonhos que se vão.

Óh! Mãe tranque todas frestas,
pois as certas mariposas
nele pousam e sua alma
se deságua e a levarão.

Essa bruxas almas levam
das criancinhas nas suas casas
dos quais dormem sob a brasa
que conservam no pulmão.

Essas brasa são os afagos
que suas mães lhe embalaram
para um sono que cavalgam
sob os lagos da ilusão.

Óh! Mãe tranque todas frestas,
pois as certas mariposas
nele pousam e sua alma
se deságua e a levarão.

Ninguém sabe o paradeiro
dos pequenos desalmados
são vendidos ou trocados
derradeiro de um leilão.

Ou são todos devorados
em feitiços carniceiros
ou talvez valem dinheiro
de endiabrada transação.

Óh! Mãe tranque todas frestas,
pois as certas mariposas
nele pousam e sua alma
se deságua e a levarão.

Elas rondam qualquer canto
de qualquer casa ou família
expiando com malícia
procurando refeição....

No Desterro e nestas noites
em que os tempos enterraram
tantos contos apagaram
nos açoites da razão.

Óh! Mãe tranque todas frestas,
pois as certas mariposas
nele pousam e sua alma
se deságua e a levarão.


Aqui estão uns poemas mais antigos... De tema semelhantes, mas algumas formas de poesias diferentes. Na verdade estas foram mais estudos.
Um triolé, que é uma oitava com o mote que são os dois primeiros versos, que se repetem num esquema AbaAabAB, que funciona melhor com versos curtos, é bastante sonoro, e mais intenso, é bom para coisas como epitáfios, versos apaixonados ou de qualquer sentimento intenso. Ao meu ver.
O Rondel, também vale da repetição, só que maior, tenho a impressão ao ler um rondel como pessoas duas talvez, dançando em roda. Ta, cega de viajar. Digamos, ele dá voltas, e é isso, e termina como começa, só que indo muito além, em um loop(acho que é isso). É uma forma bastante sonora mas pode se tornar apática se não souber usa-la... O esquema é assim ABba baAB ababA, de preferência com versos curtos.


O Soneto, é uma caixinha, daquelas em que você dá corda e sai uma surpresa, o que realmente importa no soneto é os dois últimos tercetos e a dia. A alma dele está no desenvolvimento da idéia. Ele está vivo até hoje mais pelo fato de que ele vive pela idéia, não em si por intensidade de sentimento ou coisas assim, apesar de que ele pode ser muito mais intenso se você assim o quiser e for capaz.

Rondó, muito confundido com o rondel, mas na verdade é bem diferente, o exemplo que uso é o rondó francês, geralmente composto de um verso inicial, de rimas intercaladas.
“Óh! Mãe tranque todas frestas,
pois as certas mariposas
nele pousam e sua alma
se deságua e a levarão.”

E de um seguimento geralmente composto de duas estrofes, do qual a ultima rima é a ultima rima do inicial, exemplo
“No Desterro e nestas noites
em que os tempos enterraram
tantos contos apagaram
nos açoites da razão.”

Sendo que o primeiro verso tem um rima interna com o ultimo verso da estrofe, no geral é isso, ele é mais uma forma musical do que qualquer outra coisa, muito bom de se pegar um ritmo e de cantar assim sem mais nem menos. A base dele é isso aliás, como se fosse uma letra de música, aliás, poesia é em si letra de música, pelo menos hoje em dia só mais na parte “popular/regional” como os repentistas, cantadores do sertão e o samba por exemplo. Procure por Chico Buarque e Elomar aliás.

Pois bem, qualquer coisa, siga os exemplos que fiz, e no caso do rondó leia Silva Alvarenga, soneto leia os parnasos e simbolistas, com Cruz e Souza e Olavo Bilac, aliás nesse você pode encontrar exemplos de rondels e triolés, e triolés em Cruz e Souza também.
Mas em geral pesquise e leia muito dos antigos, porque eles dão idéias do que inovar em cima deles.

Por hoje foi só... Boa noite.

Aliás, o link do blog de onde tirei a foto. (link) . E os poemas são mais antigos, possivelmente do Blog anterior antes de eu trancar ele e recomeçar outro.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O Bufão



Desenho do meu irmão e
um poema bem mais antigo.


O Bufão

- O meu chapéu tem pontas
com olhos pendurados
me perco em cousas tontas
e em medos conjurados.

- Meu bufão que me contas,
d'amores fracassados?
- O meu chapéu tem pontas,
com olhos pendurados...

- De certo, nada aprontas!
Só sonhas acordado
n'um mundo do qual montas!
Porque és tão isolado?
- O meu chapéu tem pontas...

De voolta ao ponto zero...
AUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHUAHA
Saco...

Tem um anjo com meu senso de humor rindo de mim agora...