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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sobre poesia




Isso foi para um grupo de poesia no facebook. Palavreado e umas discussões que tavam tendo lá. Mas enfim isso expõe um pouco a minha visão sobre as discussões sobre o que se tem escrito ultimamente. Temos muita coisa boa mas temos enxurrada de coisas ruins, e uma idéia de poesia que na minha opinião é mais desconhecimento do que é poesia do que qualquer outra coisa.



Vamos lá, como ta todo mundo dando pitaco eu vou também dar o meu.

1 - Tudo bem escrever poesia e ela não ser boa. Tem de mostrar mesmo, se não tem pessoas que vão ler então na minha opinião não vale a pena escrever. Poesia é comunicação. Ninguém nasce escrevendo que nem um Cruz e Sousa ou um Leminski. Temos o direito de escrever poesias ruins se nos comprometermos em melhorar, aprender.
2 - Pra escrever poesia tem também de ler poesia, e não existe uma estética ruim ou estilo ruim, o que existe são poemas e poesias sem algo mais, sem originalidade. Podes ser o campeão dos trocadilhos ou das rimas mas isso não te faz um poeta.
3 - Todo poema tem o dever e o prazer de ser criticado. Não é algo sublime e subjetivo que o torna intocável, bem pelo contrário, e as criticas tem o dever de serem construtivas, apresentar os lados bons e os aspectos ruins.
4 - Qualquer coisa não é arte, se fosse assim então anularíamos os estudo, a prática e a inspiração.
5 - Eu não vejo diferença de valor entre um poema concreto e um poema de cordel, cada qual é bom em sua maneira.
6 - Apenas causar asco ou choque qualquer um faz, mas comunicar apenas isso além de batido é um tanto quanto de mal gosto. Se não feito de forma adequada parece apenas uma pessoa preguiçosa querendo seguir um caminho fácil. Tanto o grotesco quanto o agradável possuem valor, e o que vai definir é como se trabalhar com eles.
7 - Grande parte das poesias aqui parecem gente chutando cachorro morto. Tentam ser marginais mas não são muito diferentes de um "punk" que vive no bob's. Não quebram nada, não questionam nada e não falam nada além do óbvio.
8 - Antes de escrever temos de ler poesia, outras autores, conhecer sobre. Da marginal até a parnasiana, sem juízo de valor, quanto mais diversidade melhor.
9 - Antes de definirem o que é poesia, para não cair num senso comum que não é nada mais do que encher linguiça, vale a pena ler o que já fora escrito sobre poesia. O que é poesia, de Fernando Paixão é um bom começo, mas vale a pena considerar também a poesia popular, repentistas, cordel, etc.
10 - Falar e falar e não dizer nada, se colocar ou ficar escrevendo sobre escrever poesia éo que mais tem. Tá saturado, tem gente que escreve só sobre isso, poemas assim tão que nem zumbi no facebook, no gargalo.

Tem uma carta do Alexei Bueno que apesar de meio exagerada é uma critica muito interessante, e do carpinejar também. Um segundo.

http://super.abril.com.br/cultura/nao-se-le-poesia-442564.shtml <- br="" l="" n="" o="" poesia="" por="" que="" se="">
http://observatoriodacritica.com.br/polemicas/1998-polemica-do-poeta-alexei-bueno/carta-aberta-aos-poetas-brasileiros-do-poeta-alexei-bueno-no-listas-de-poesia-versao-expandida/ Carta aberta aos poetas brasileiros do Alexei Bueno

sábado, 3 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

16 de julho de 2011




"Imaginação querida, o que sobretudo amo em ti é não perdoares. " Andre Breton, Manifesto Surrealista, mil novecentos e vinte e nove, ponto. Quebra de linha, continuando o texto, me pergunto, longe de todo o contexto, desta querida imaginação: como eu te odeio?
Existem aqueles em que mais vivem dentro de si do que no mundo que o cerca, e deixam de viver, naquele bar, num sábado como um epílogo deste semestre na faculdade, deixam de viver e ficam num ângulo obtuso na parte aguda daquele lugar, cá eu, lá olhando as pessoas. Porque interagir se eu posso observá-las e inculcar-me com minhas próprias conjecturas? É claro que isso foi retórico, uma pergunta retórica seja lá o que raios for.
Observá-las, nisso percebo a capacidade de uma colega de seccionar as suas realidades, e em meio á tantos rostos felizes eu fico observando, juntando vagas peças. Como elas conseguem? Nessa ciranda, serotonina do que adianta, essa sua sina nessa ciranda, felicidade, por onde andas nessa cidade?
É essa melancolia, que me torna feliz, numa felicidade tão distante. E fico imaginando histórias ou refletindo todo o tudo do que me cerca, esquecendo que a realidade é passageira e meus atos não correspondem ao tempo real, onde é que eles conseguem seguir esse tempo tão mais factual que o movimento de uma dança? Que substancias eles metabolizam diferente de mim? Eu não sei como acompanhar esta dança, eu não sei e não sei se os invejo. Imaginação, onde me prendes? Melancolia, essa felicidade, o que sobretudo amo em ti é não perdoares.

sábado, 11 de setembro de 2010

Segundas Versões

A dançarina

No Oásis ornamentário d’entre torres prediais, d’entre uma instantânea fagulha do Eterno, uma figura fulgura em meio a tantas sombras, de longe. São as sardas de fogo numa noite sem estrelas, uma pequenina menina dança, em meio a toda essa turba confusa de vidas, ela dança envolvida em Silêncio, n’um mundo em seus gestos e formas.
É ela apenas um facho de sonho algum perdido na festa que o meu breu contorna, sozinha no vasto de um céu nenhum em meio á tantas luzes d’estrelas mortas. Só e sozinha no vasto de um céu qualquer, que a envolve em meus lençóis, e no breu a deforma.
São sardas de sonhos em uma noite eterna, dançando feliz numa festa fútil, é só a vida de alguém sufocada n’um mel de vidas... N’um enleio de vapor humano, tão longe do meu frio calor das geleiras... Essa sereia, sendo só uma menina alegre, transparece e aparece nos meus olhos opacos como um licor ou um farol vivo, feito um girassol. Ela é estrela, que brilha tão longe e tão terna e eterna em meus temores, tão distante deste mundo que a envolve tão inútil, é uma super-nova que brilha tão forte que se esgota e morre em um sopro e vai-se esquecida e esvaecida, como um sol que abandona todos aqueles mundos que um dia ela iluminou.
E todo este Mundo que um dia a desejou...

Marcel Angelo


Altívagos

O mundo é de loucos e as coisas correm como trens, correm como carros nas estradas,
partindo sempre e sempre indo embora e sempre partindo de suas partidas. O mundo é de loucos e as coisas passam como passam palavras num jornal, sempre efêmeras, sempre vagas, para se dissiparem como jornal que molha e desaparece. E a memória fenece.
O mundo é de loucos e nesse mundo lunático todos olham para o chão,vivem para o chão e como estátuas de barro a de derreterem pelas chuvas, se diluindo, e a dissolverem as suas coisas, extinguindo as suas coisas de barro para o chão.
Em um mundo de mares e marés, ares e nuvens, em um mundo de nuvens...
Porém vivemos também em um mundo de nuvens, de longínquas mentes pairando no ar, a voar por longas e longas raias, que enfim se confundem.
São aves que vivem voando por mares e marés desconhecidas, territórios de luzes e trevas, de profundas cavernas, de mundos oriundos de meras memórias. São vidas que vivem de memórias, de pensamentos e sentimentos divagantes como cavaleiros errantes vitimas de -“Quixotismos”.
São almas de voadores altívagos, viajantes de mundos únicos criados e recriados. São seres que vivem entre estátuas de barro, são seres que colorem as efêmeras palavras, são os que atravancam as endo-partidas!
São seres undívagos de seus undo-universos, que criam mundos etéreos, que tiram tudo de aereocéfalo-monastérios, mesmo estando na janela de seus quartos de dormir.
Mesmo olhando para os móbiles e seus brinquedos nas estantes. Enquanto escutam divagantes a televisão em que seus pais estão n’outro quarto a existir...

Marcel Angelo

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Apoio, repassando a mensagem.

Bem, estou repassando, e vejo isso como obrigação.
O pai de uma amiga minha, pelo que eu soube, morreu em serviço.
Esse tipo de cidadão é de fato um herói.
Assim também como os policiais que efetuam com qualidade o serviço, mais por um senso de dever principalmente.
Bom, essa é minha forma de apoio.

Olá, leia e repasse, faz favor. Quando repassar, informe que é de um amigo seu, assim os outros irão ler.

Meu nome é Luciano Luis de Souza, sou casado e pai de uma linda menina de 5 anos, era Policial Militar de Santa Catarina com 21 anos de serviço, com uma ficha de comportamente avaliada no conceito Excepcional (na PMSC temos: ruim, mal, bom, ótimo e excepcional); possuía também mais de 10 elogios de bons serviços prestados a sociedade catarinense; 02 medalhas de Honra ao Mérito; curso de Polícia Comunitária e etc... em 2006 até 2008 Comandei um Setor de Polícia Comunitária no bairro Barreiros/Sede - São José (25 mil habitantes), ao meu Comando 47 policiais militares, 04 viaturas e 02 motocicletas, efetivamos o 1ª CONSEG de São José, em fim, sempre HONREI O SERVIÇO POLICIAL MILITAR.

Fim de 2008, mês de Dez, ocorreu um movimento reivindicatório promovido pelas esposas dos militares (Praças), exigindo do Governador Luis Henrique da Silveira, o cumprimento da Lei 254, a qual o próprio assinou, isto mesmo, ele fez a Lei e não a cumpriu; Nesta reivindicação as esposas dos Praças solicitavam: melhorias de condições de trabalho - equipamentos adequados; execução efetiva do plano de carreira, com aberturas de cursos internos; como também, o cumprimento da escala vertical de vencimentos - isto é: se o Coronel ganhasse um percentual de aumento salarial, o Praça também ganharia - Isto está escrito na Lei 254.

Finalizando, o Governador Luiz Henrique da Silveira não cumpriu a Lei que ele mesmo fez, e por conseguinte, DETERMINOU a punição severa aos policiais militares que participaram do movimento reivindicatório (Movimento que solicitava o cumprimento de uma Lei que ele próprio havia feito e assinado); Início de 2009 até os dias atuais, mais de 1000 policiais militares foram punidos com cadeias e detenções, como também, 22 policiais militares FORAM EXCLUÍDOS DA POLÍCIA MILITAR, todos no excepcional comportamento e com mais de 10 anos de serviço.

O Policial Militar não possui FUNDO de GARANTIA ou qualquer outro tipo de garantia quando sai da PMSC, Não temos seguro desemprego, aposentadoria proporcional e etc, nenhum direito garantido, simplismente sai sem receber nada! pois quando entramos é nos dito que após 10 anos possuímos estabilidade, porém, não foi isso que ocorreu! A condenação foi somente na esfera administrativa, e não recebemos o direito constitucional de aguardar o julgamento até que seja condenado ou não - Presunção de Inocência - a maioria dos bandidos de todos os tipos tem seus direitos garantidos. Nós, homens de bem e pais de família, não recebemos, isto porquê o senhor LUIZ Henrique determinou que fosse assim! INCRÍVEL, contando assim muitos não acretidam, mas é a pura verdade.

Falei isto tudo com um único objetivo, Eu também fui excluído, minha condenação administrativa foi: " ... INDÍCIOS DE PARTICIPAR DE MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO..." pasmem, é isso mesmo! INDÍCIOS, em qualquer lugar do mundo, menos é claro, em SC, indícios não é prova! mas mesmo assim fui excluído. Estou recorrendo judicialmente no Tribunal de Justiça de SC, e tenho fé que isso tudo irá ser resolvido, Eu retornarei para a PMSC. Mas, não reparará todo este sofrimento e humilhação que Eu e minha família passamos.
E é por isso que Eu iniciei esta mensagem, para mostrar à todos, o tamanho do mal que o Governador Luiz Henrique da Silveira causou a mim, minha família e a dos outros 21 excluídos, como também as centenas de Praças que foram punidos arbitrariamente. o Ex Governador quer ser agora Senador! se ele não cumpriu a própria Lei, o que ele quer fazer lá no Senado?! ELE NÃO É MERECEDOR DE NOSSOS VOTOS!

Se você se sencibilizou, favor enviar a seus outros contatos, assim todos poderão saber quem é verdadeiramente este monstro Luiz Henrique!

Muito Obrigado
Luciano Luis de Souza
(48) 9116-6747
à disposição pra qualquer dúvida

quarta-feira, 2 de junho de 2010

INVASÃO DO CAMPUS DA UDESC PELA POLÍCIA MILITAR




INVASÃO DO CAMPUS DA UDESC PELA POLÍCIA MILITAR
NOTA DE REPÚDIO

Aos trinta e um dias do mês de maio, em virtude de uma manifestação estudantil na entrada do campus universitário da UDESC (bairro Itacorubi), contrária ao aumento das tarifas do transporte coletivo de Florianópolis, a Polícia Militar de Santa Catarina, conduzida pelo coronel Newton Ramlow, além de agredir verbal e fisicamente os estudantes, efetivou prisões e invadiu o campus universitário.
Conforme nota de repúdio elaborada pela APRUDESC (Associação dos Professores da UDESC), “apesar da alegação de ‘garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos’, o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veículos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.”
A diretoria da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Florianópolis repudia tanto a violência contra os manifestantes, como a entrada da Polícia Militar no campus universitário, duas agressões que se contrapõe diretamente às normas de um Estado Democrático e de Direito, e solidariza-se com as necessárias reivindicações da população de Florianópolis.


Diretoria Executiva AGB-Florianópolis

COMITÊ DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO

Nota de Repúdio da Direção do CFH-UFSC!

Disponível em http://cfh.ufsc.br/ em notícias!

Em função dos acontecimentos e da repressão ao movimento dos estudantes contra o aumento das tarifas e a qualidade dos serviços dos transportes públicos em Florianópolis, a Direção do CFH manifesta repúdio a quaisquer tipos de violência praticados contra os estudantes e os trabalhadores, que através de manifestações pacíficas e criativas, lutam pelo direito de expressão de suas reinvindicações.

Direção do CFH
NOTA DE REPÚDIO À INVASÃO DA UDESC PELA POLÍCIA

Na noite de 31 de maio, frente a uma manifestação de estudantes na entrada principal do campus da UDESC no Itacorubi, contrária ao aumento das tarifas de ônibus urbanos na capital, uma ação da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Newton Ramlow, resultou na agressão, no espancamento e na detenção de pessoas, com invasão do campus da UDESC.
Apesar da alegação de "garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos", o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veiculos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.
Este lamentável acontecimento foi presenciado por vários professores, que tentaram inutilmente mediar a situação, cujas consequências podiam ser vizibilizadas no terror dos estudantes acuados, temerosos diante da truculência dos policiais envolvidos.
A ADFAED - Associação dos Docentes da FAED e a APRUDESC - Associação dos Professores da UDESC consideram que o acontecido envolveu uma dupla violência: contra os manifestantes e seus direitos de livre expressão e associação, e contra a Universidade, cujo dever é justamente o de promover o debate, a reflexão, a crítica e o respeito aos direitos civis.
Repudiamos, portanto, a invasão do campus da UDESC pela polícia militar bem como as agressões cometidas contra os estudantes, e exigimos que as autoridades competentes atentem a seus deveres constitucionais, como requer um Estado democrático e de direito.


Ilha de Santa catarina, 1 de junho de 2010

ADFAED e APRUDESC


Sargento Soares critica prisões de estudantes que se manifestam contra aumento da tarifa
________________________________________
01/06/2010
A prisão de quatro estudantes na noite de segunda-feira (31/05), em manifestação contra o aumento das tarifas do transporte coletivo realizada na Udesc, motivou o deputado Sargento Amauri Soares a falar sobre o assunto na Tribuna da Assembleia Legislativa.
O parlamentar classificou as manifestações de “justas, necessárias e importantes”, motivadas por um ciclo vicioso que privilegia o transporte privado em detrimento do coletivo. “Os poderes públicos trabalham para satisfazer a ganância de lucro de meia dúzia de empresários do transporte coletivo, que é uma concessão pública, e quando a juventude se manifesta contra aumentos, a polícia é chamada para reprimir os manifestantes”, disse. Para Sargento Soares, o aumento da tarifa é “abusivo, criminoso e atenta contra os interesses públicos da população da Grande Florianópolis”.
O deputado criticou o comando do policiamento feito pelo tenente-coronel Renato Newton Ramlow, que a partir da segunda semana das manifestações, passou a prender os jovens – mais de 20 já foram presos –, além de jornalistas, e reprimir os manifestantes em sua saga de combater os movimentos sociais.
Sargento Soares sugeriu o desenvolvimento de uma política pública de transporte para as grandes cidades, envolvendo todas as esferas de governo. “A responsabilidade é das autoridades municipais, estaduais e federais. É uma vergonha e a população fica refém e a mercê dos interesses dos empresários que se enriquecem à custa da espoliação do povo trabalhador das maiores cidades”.

http://www.youtube.com/watch?v=pHAym78lw4Q
http://www.youtube.com/watch?v=TzcPi--Bah8

COMITÊ DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO


Pesso por favor, que qem puder, espalhem, o máximo possivel.

Nota, estou apenas repassando a informação.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Nota de Repúdio à Polícia Militar - Frente de Luta pelo Transporte Público

Nota de Repúdio à Polícia Militar - Frente de Luta pelo Transporte Público
Ao povo de Santa Catarina.

A Frente de Luta pelo Transporte Público vem por meio desta nota repudiar a ação da Policia Militar de Santa Catarina que na noite de 21 de maio e nos demais dias, colocou em risco a vida dos cidadãos que manifestavam seu repúdio ao aumento da tarifa e os princípios constitucionais de respeito a integridade física e moral do indivíduo, de liberdade de imprensa e de livre manifestação. A ação da PM e seu efetivo
especializado (PPT, BOPE) contou com a aplicação a revelia de choques elétricos nos cidadãos, e ainda com nítidas manobras violentas em alta velocidade com suas viaturas contra o corpo da manifestação.

Consideramos ainda que a detenção arbitrária dos dois manifestantes acusados de danificar o patrimônio público por causa de pichações no centro da capital é uma afronta à inteligência do povo catarinense.
Primeiramente pela detenção dos dois manifestantes que logo após, fotos aleatórias dos locais pichados, foram atribuídos arbitrariamente à responsabilidade dos detidos. Tal atitude não passa de uma tentativa de usar a intimidação para calar a boca da Frente, já que nossos objetivos são justos e legítimos e vão contra os
interesses de uma pequena, mas poderosa elite da nossa cidade de Florianópolis, que controla privadamente o transporte coletivo há mais de 40 anos, e assim com sua força econômica autolegitima-se o direito de comprar a classe política, tornando a PM/SC um instrumento político (e violento) de seus interesses.
A Frente de Luta pelo Transporte Público também repudia a prisão do jornalista que trabalhava cobrindo a manifestação de sexta-feira passada, demonstrando outra prática coerciva da polícia, pela ameaça constante, intimidando e, neste caso, até prendendo, quem ousar filmar e registrar as barbaridades cometidas pelos
policiais em “serviço”.

As bravatas do comandante tenente-coronel Newton Ramlow (que outrora já afirmou ser combatente contra os Movimentos Sociais da cidade) e de seus comandados, ao chamar os manifestantes de “vagabundos”, "viados" e “filhos da puta”, demonstra claramente a incapacidade administrativa e ética desses servidores públicos em cumprir com a função que lhes fora atribuída pela sociedade dentro do cumprimento das leis.

Chamamos a atenção que muitos desses xingamentos desferidos pelo coronel e por seus comandados contra mulheres e crianças ferem também a Lei Maria da Penha e o Estatuto da Criança e do Adolescente e não
condiz com critérios éticos estabelecidos por lei aos servidores públicos.

A Frente exige a abertura imediata de inquérito e processo administrativo, disciplinar e criminal contra os policiais e seus comandantes envolvidos na noite do dia 21 de maio de 2010, como uma forma de garantir o Estado Democrático de Direito.

Frente de Luta pelo Transporte Público.

Florianópolis. 24 de maio de 2010.

Latão Floripa

Videos


Nota, sou neto de militar, e me orgulho de dizer de que por parte desse meu avô eu herdei um senso de civismo forte. Tenho orgulho de minha ascendência. E não é á Policia Militar meu repúdio, e sim aos que abusaram da autoridade de maneira violenta contra a massa estudantil.

Eu, como pacifista sou contra qualquer forma de violência(tirando quando entrar a questão de auto-preservação), e a repressão contra os manifestantes e a agressão contra as pessoas que estavam fora da passeata fora vergonhosamente dispensável.

Eu não sou "vagabundo" e nem "filho da puta", apenas um universitário com orgulho de ser Brasileiro, neto de militar e com um forte senso de civismo. E espero não ser censurado por isso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sobre uma crítica que recebi sobre meu trabalho


Sobre a minha poesia e umas críticas que recebi:

Pois bem, eu escrevo em maioria em verso clássico e por isso eu sou conservador, não é? Sou conservador porque não imito essa maioria. Só que eu me julgo livre, eu julgo meu verso livre para escrever como eu quiser.

Gostaria de saber se Olavo Bilac, por exemplo, se julgava preso, acho que não, preso ele se sentiria se fosse obrigado a escrever em verso livre. Pois mais que isso para muitos possa parecer assustador.

Sim eu admito que eu goste de alguns poetas parnasianos tanto quanto gosto de muitos modernos, e isso logo, faz de mim um “conservador”, porque eu fui ler escritores que hoje não se lêem mais por um motivo idiota. Para mim literatura boa é literatura boa não importa a data.

Fui olhado torto porque quis recitar um poema de Cruz e Souza em um recital, no final, por que ele não é um desses clássicos (me refiro clássico aos poetas da semana da arte moderna e outros posteriores,) acredito eu. Do mesmo tipo de poetrarcos da época parnasa, de tantos aqueles que versejavam sem talento, e não aceitavam outra forma de poesia, eu vejo da mesma forma esses poetas-auto-ajuda de hoje.

Esse conceito de que arte não se aprende, ou de que é um artista menor aquele que treina ou estuda, esse tipo de conceito me enoja, pois na arte popular se treina e se estuda também. Considero então como acadêmico metido o cordelista, o repentista e tantos outros? Porque a poesia popular tem metro? Porque eles não são todos versos livre falando sobre o próprio ego? PORQUE A POESIA POPULAR NÂO È ASSIM!!! Esse grupo de pessoas que acham que não se pode criticar e aceitar e que se tem de engolir tudo porque é arte e arte não se entende, sim, esse ai não é popular, é “escritor de panelinha”.

Manuel Bandeira, Cabral, Mario Quintana e Drummond por exemplo são poetas livres porque ele tiveram tanto consciência quanto aprendizado de outras formas de versos e eles estudaram para poder enfim fazer poesia, tem muitos poemas com metro perfeito em Drummond e justamente por ele saber o que fazer e não fazer é que os poemas “livres” dele são BONS! E eles têm um sentimentalismo maduro, assim como o parnaso quis ter em “resposta “ao ultra-romantismo. Por isso esses “modernos” são lidos, diferente de uma quantidade absurda de poetas livres de hoje em dia e da quantidade de poetas do período parnasiano.

Para mim a diferença de Olavo Bilac, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza, Manuel Bandeira, Araújo Figueredo, Mario Quintana, Antero de Quental, Alvarez de Azevedo, Boca do Inferno e muitos outros, para mim a diferença destes para os tantos outros que existiram por aí é que eles eram livres, pois a liberdade está na diferença, e para mim o verso livre é aquele que sai como o escritor quer, e não como a maioria aceita. Não importa se ele seja aceito ou não, se ele tenha metro ou não, basta que ele se destaque, que o poeta tenha compromisso com sigo mesmo e não com os outros. Basta que ele seja singular.

Sei que isso possa parecer um tanto “conservador” ou “retrógado”, pois assim é que é chamado tudo aquilo que vai contra ao que os conservadores pregam, tudo aquilo que vai contra á linha de pensamento atual.

Eu mando tudo isso ao inferno,
e boa noite.

Verso Livre


O meu verso é livre,
do meu jeito recito,
e enfim o manuscrito,
no meu mundo convive.

O meu verso é solto,
e no metro se forma
e se o quero sem norma
num compasso me envolto.
Pois o faço sem tino,
sem esforço nem rima
e se rima? É a sina,
é sonoro o destino.

Pois meu verso é livre,
e bem voa como quero,
e nem sai como espero
e assim o verso vive...

E se tanto me obrigam
a escrever d’outro jeito,
vou estufando meu peito
se mi balda abominam.

Pois sou livre e meu verso
do meu jeito conservo,
vou escrever como quero
e acabou lero-lero!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Numa Cova Tamanho Solteiro


Numa Cova Tamanho Solteiro...

Aqui jáz o meu pobre rapaz,
que o destino macabro e voraz,
o cortou, martelou e enlatou,
Numa cova tamanho solteiro!

Se foi tímido, pobre garoto!
E o que faz se agora, esta, morto?
Sete palmos abaixo do chão
onde vermes comendo-o estão!
E mofando... suporta-se o cheiro...
Numa cova tamanho solteiro!

Se do pó veio... Ao pó voltarás,
meu menino que enfrenta, sózinho,
o terror de seu mundo, miudinho...
Acredito que cá onde estás!
Tu não foste de certo o primeiro...
Numa cova tamanho solteiro!

É bem triste de noite eu sei,
Foi de mim que a ti te tirei,
Não te quero e agóra o renego,
Não sou mais este velho taõ cego,
Eu te enterro e enterro inteiro!
Numa cova tamanho solteiro!

Não te quero pois nunca quis mesmo!
Bláááááááááááá!
Por Marcel Angelo


ese poema deve ser lá pelo ano de 2005 ou 2004
começando com metrica se não me engano...
adolescência ruím, vida tardia...
depois um Bum! no mundo exterior e um leque gigantesco se abre e tão complexo que eu mal consigo lidar,
(soy um menino selvagem....)


e algumas cicatrizes, ou o indivíduo relacionado a elas
enterrado???
as vezes bate uma certa nostalgia...






domingo, 21 de junho de 2009

Perfume

Perfume

Para M. Weber



É cheiro de uvas,
uvas verdes sem casca
perfume de flores
ferro e vinho e devasta
o mundo real
cinza e insosso e nefasto,
sobrando no fim,
sangue e vinho e no vasto
perfume vermelho
gosto férreo na língua
desejo carmim.


Quando tudo mingua
perdura um gosto em mim
desses mortais:
de "Quero Mais".



25 de abril de 2009

Algumas coisas estão além de um descrição física, e algumas memórias eu sei, vão durar muitos e muitos anos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Para Manuella Weber

Para Manuella Weber

Eu não sei que se passa no seu mundo,
aí nesses seus olhinhos que tão verdes
distantes se situam... Mar tão profundo
que nada mais revela... Que não se mede.


É um mundo condensado pela rede
de tramas neurológicas, fecundos
sistemas de memórias bem expede
milhões de pensamentos vagamundos.


Enquanto vãs pessoas vão em dementes
estradas lineares das idéias,
tu segues mil caminhos diferentes.


Pois tens lá na sua íris refletida:
A Terra que se espelha nessa esfera,
sua mente... Fascinante e distraída...


Espero que ela não me mate... Hehhe
Vai mais como uma demonstração de afeto...
Ela gostou
mais um próximo
é engraçado o fato de eu escrever um poema para alguém do qual esteja comigo, digamos, sempre foi para aqueles meio impossiveis e os que fiz depois de estar com alguém antes, eram apenas, não realmente verdadeiros...
E ela me inspira.

Ela vai ficar sem graça^^.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Selvagem

O Selvagem

Numa praia fictícia
feita em sonhos e memórias
se vê cenas impossíveis
de felizes, de ilusórias
noites belas já perdidas
co’a menina d’outra história.

D’uma história acinzentada
pelas bocas da verdade
desse mundo que balança
para o mal e pra a bondade
e que a luva do destino
lhe roubou a felicidade.

E um medroso de garoto
dos mais tímidos bufões
um palhaço enamorado
pela bela das menções
no fim nada, no fim nada!
Só restou umas canções.

Pra garota, tal menina
do qual cursa ensino médio
e tem vida bem saudável,
e o garoto imerso em tédio
com sua vida tão enfadonha,
só via nela seu remédio.

E a menina se diverte
em suas redes, as sociais
em seu mundo tão distante
com as tais vidas, tão normais
que confunde o tal garoto
de viver noutros jornais.

O garoto com seu mundo,
tem seus livros e teorias
sem pessoas e personagens
só as estantes e a poesia
que só sabe viver sonhos
e sonhar com utopias...

E a menina com garotos,
tem amigos, tem amigas
tem cinemas e tem shows
com as noites e com vida
tendo os cortes, e os afagos
dias felizes, e feridas.

E o garoto, como sempre
bem distante solitário
ele apenas desejava,
tela perto, gram otário
este mundo não habitava
taciturno um solitário.

Amizades cultivou,
e em tal mundo conheceu
tantos outros, tantas chagas
ele tanto as aprendeu
com as noites e com vida
nessas terras se prendeu.

E a tal dama, conquistou
e em semanas foi feliz,
mas a mesma se afastou
em costume que condiz
de listinhas, de vitórias.
De verdade tão infeliz...

E o grande, gran bufão
para tudo, é um estranho
tem seu reino em seus escritos
não é nesse gram rebanho
mas porém, ele não aceita
ser um sóbrio em tal tamanho.

Mas sua mente inda é a mesma,
de seus tempos, tão recluso
fora menino selvagem
nesse mundo é um intruso.
De incertezas, sempre a parte
e com sigo? Tão confuso...

Hoje vive n’outras terras,
ralas redes, as sociais
sendo parte de matilhas
mas sua origem, seus quintais
sempre fora a solidão
nunca as vidas naturais.

Ele quando fecha os olhos
volta aos reinos, seu reinado
os seus mundos, a sua praia
onde espera do seu lado
a menina de seus sonhos,
p'ro selvagem, p'ro isolado...


Perdoem a gramática...
Esse poema é antigo, digamos, obrigado pela indicação e tudo mais mas vai demorar um tempo para eu postar algo novo, esse poema é de 2007, digamos, meu computador pifou e não posso nem salvar para ler nem talvez postar novos escritos.. Então por um tempo vou postar umas velharias, talvez vocês gostem, e algumas coisas novas também.
Esse poema escrevi nuam tacada só, é uma mistura de vários acontecimentos na minha vida com um toque bem MARCANTE de fantasia...
Abraços.

Essse selvagem talvez se valha, vendo agora, em relação ao selvagem também do admirável mundo novo, apesar de que eu escrevi esse poema bem antes de ler o livro.

sábado, 2 de maio de 2009

Móbile




Móbile

O mundo me da medo, meus escapes,
são os sons dos meus poemas, meus segredos,
que guardo no silêncio que me abate,
que quardo nos desenhos em meus dedos.

Desenhos, tatuágens, cá nas mãos,
na folha e na carteira e na prisão,
nas grades, nas gaiolas, na visão
do rádio, no sofá e televisão...

Desenhos de desenhos desenhados,
riscados bem ao léu, mais para o céu,
manchando meus lençóis tão delicados,
tampando toda a luz fazendo um véu.

O mundo me da medo, meus desenhos,
meus móbiles girando são esqueletos
cobrindo meu planeta que contenho
no sólido concreto, mas prometo.

Que tudo passará n'algum momento,
que tudo passará nessa tormenta,
pois tudo que perdi, meu sentimento
vai tudo desenhar, pois não se inventa...

Acho que depois disso a proxima fase, que está por vir, vai ser mais digamos... Algo mais escuro está por vir, acredito eu...

segunda-feira, 23 de março de 2009

Triolés




Momento melancólico, tarde deprê resultando de uma sexta feira fracassada, ouvido estourado e escutando cocteau twins no pc que desliga toda vez que tento jogar algum jogo, preciso mandar para o técnico ou alguém que facha curso disso no cefet... Talvez...

Tenho de baixar algumas scans mas perdi o link, meu aniversário é dia 6 de abril e eu tenho ascendência em touro... É eu sou meio lesado... Acho que não é uma boa combinação, impulsivo e retraído, ponderado e inconseqüente, tímido e extrovertido... É querer agarrar alguém e encher de beijos e simplesmente sentar ao lado dessa pessoa. É, até que é legal...

E por falta de tempo e de fotos estou repetindo algumas hehehe, pois bem me matem, aliás, obrigado pelos memes mas no momento acho que não tenho contato com blogs o suficiente, e estou procurando alguns que eu já lia, mas isso vai demorar um tempinho...
Dae eu repasso os atrasados.
Mas de qualquer forma, agradeço a consideração.

Talvez os triolés estejam bons a questão é que, nesse estado de espírito, as coisas saem um pouco translúcidas e vagas, não tem muito gosto. Não tão forte e nem muito colorido...

A vida...

A vida da volta e apenas,
girando vai se perder...
Assim repetem centenas,
a vida da volta e apenas
as cores mudam na cena
sem nunca enfim perceber..
A vida da volta e apenas
girando vai se perder...

Escola

Nessa escola passei dois anos,
raro me foi gostar disso
raro momento inumano,
Nessa escola passei dois anos,
e o governo a traz dos panos
privatizou tudo isso,
nessa escola passei dois anos,
raro me foi gostar disso.

Triolé

Foram momentos lindos, tão belos
fora um passado findo em esmero,
fora carmim fervendo de anelo
foram momentos findos tão belos
que não, não quero um fim de flagelos
rancor em raiva fútil, não quero!
Foram momentos findos tão belos
fora um passado findo em esmero.

Otimismo

Amanhã vai ser melhor,
como todo e tantos dias
me será sempre o que for
Amanhã vai ser melhor,
ou talvez será pior
em promessas, na utopia
que amanhã será melhor
como todo e tantos dias!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Móbile


Resolvi fazer isso, para mim, cada palavra tem um som, uma cor e uma vastidão de significados, no meu caso, pondo pelo menos metade do que eu consigo passar evitando descrever sensações, essas palavras em si levam á um monte de outras em uma teia, em um móbile extremamente complexo e pessoal como o mundo de qualquer pessoa nesse mundo que tenha um pouco de sensibilidade. Acho ainda elas ralas, dependendo do momento elas poderiam aumentar ainda muito mais, acredito eu...
Escolhi palavras a revalia de uma maneira inconscientemente normal.

Cada palavra em um poema tem de ter um significado maior do que simplesmente uma rima, talvez isso seja o que deixa os meus poemas meio repetitivos acho, que eu bato muito em algumas palavras mas elas são de grande importância para mim, na minha vida em si elas representam muita coisa, assim como os meus temas. Sendo que cada uma dessas palavras tem de ter um som com um tom correspondente ao resto do poema, é como aquelas danças contemporâneas acho, você tem de conhecer muito bem sobre para entender, talvez seja por isso que eu não vejo graça nenhuma nesses troços... Para quem não gosta de poesia, tanto verso livre como clássico, sem os preconceitos xucros, possivelmente não deve ter sensibilidade para o peso das palavras, apesar de que bem possivelmente irão ter sensibilidade para muitos outras coisas...

Acho que o que vale a pena é descobrir cada um do que é feito a sua alma, ou de como moldaste ela. Eu moldei a minha para as palavras, para o meu bem ou para o meu mal, para o som das palavras e as suas infinidade de imagens. Afinal, uma palavra vale mil imagens! Jamais uma imagem vale mil palavras, pois uma imagem passa mil sensações, mas uma palavra passa mil imagens que passam mil sensações.

Esqueleto – Morte, delicado, apatia, seco, gosto de carne seca, umidade, linhas, insetos, azul, branco, surdes, barulho de vidros se tocando, transparente, opacidão, céu noturno sem lua, estrelas, infinito, quintal, imensidão, desejo, viajar, mar...

sofá – Conforto, poeira, pó, casa, família, móveis, madeira, livros de receitas, sono, tarde da noite, mundo de beekman, chocolate quente, cobertores, insetos, algodão, fim de tarde, quadros, descanso.

Folha – Verde, Peter Pan, Esqueleto, fadas, sininho, umidade, sonho, são Paulo, janela, arvore, mundos, macro, pré escola, terra, raio de sol, raio de sol(escola), infância, formigas, papel, evolução, parques, sombra e luz, farrapos, tecidos brancos, lua, vento, distancia, jurassic park, chuva, cupins, livros, boneco de madeira com algodão que fiz um dia na pré escola.

Carteira – Mal Estar, prisão, lápis, aula, quadrado, burocracia, escola, medo, tédio, melancolia, cinza, fuga, relógio, obrigação, grades, cimento, adultos O.o', infelicidade, rotina e panelas.

Contenho – Mão, abraço, apego, poder, ursos, coisas, areia, vida, pessoas, redes, soberania, preservação, medo, insegurança, adolescentes, falta de ar.

Passará - Estrada de terra, horizonte, pássaros, meu pai dirigindo algum carro na infância, um cocar que tinha na primeira casa que morei aqui na ilha, as coisas que meu pai guarda(pedras, apitos e coisas do tipo), um boneco que fumava e tinha sacolas, chinelas, imagem de casas ao longe, pessoas distantes, desapego, liberdade, letra acho que do Zé ramalho, poeira levantando com o passar de um carro, revistas da national geographic, asfalto com a faixa amarela, casas na beira de estradas, pasto, vacas, mata, pedras, areia e mar, rostos amigos, namoro, meu rosto, velhos, família, tudo...

tatuagens – pele, pessoas, sociedade, desejo, rebeldia, necessidade de se unir a grupos, imaturidade, maturidade, independência, apego, metais, agulhas, sangue, esparadrapos, moda, cor, perícia, precisão, técnica, luvas, azul de limpeza, poluição, afrescos, arte, superação, cortes, traumas, lembranças, memórias, sentimento, fé, ideologia, desespero, loucura, paixão.

Desenhar – alma, paz, limpeza, calma, suor, expiração, inspiração, paixão, fé, desejo, sonho, loucura, pioneirismo, projeto, alquimistas, mapas, futuro, luz de vela, carvão, cores amarronzadas, vinho, química, prazer, satisfação, desapego, liberdade.

Rádio – som, ondas, planetas, desenhos, máquinas, aviões, casas, torres, vidas, janelas acesas em uma maquete, cama, sono, solidão, espaço, júpiter, saturno, campos eletromagnéticos, eletrostática, frio, gelo, estrelas, solidão, vento, rasgo, corte, facas.

domingo, 8 de março de 2009

Volta e Mote Glosado

Volta e Mote Glosado

Encontrei esse mote em um arquivo texto perdido no computador, talvez eu o tenha feito, ou pego de algum lugar, ou fora do meu irmão... Ou ele tenha pegado de algum lugar também.

Mote

"faço da História minha arte
minha arma, minha profissão"

Volta

Vejo o mundo com paixão,
pelo o tempo, meu estandarte,
vem da História, minha arte,
da memória a profissão.

Minha arma bem faz parte,
dos ourives da razão,
Do canhenhos vem a arte
dos cadernos: Minhas mãos.

Das histórias meus escudos
são remotos dos estudos,
dos registros?! Baluarte!
Faço da História minha arte.

Bem me oponho as vãs verdades
de ocasiões, o meu pulmão
tem o ar da realidade,
minh'arma, mi' profissão.

Outra Volta

Vem da História minha fé
pro futuro que me guia,
estufo o peito vou a pé,
com o Mundo em minha mão,
dessa guerra faço parte,
pois a História é poesia,
faço da História minh'arte
minh'arma, mi' profissão.

...

domingo, 1 de março de 2009

Chances




Chances

Esse mundo de chances é encharcado,
feito nuvens chovendo a revalia,
feito um conto de fadas, fantasia
que bem torna concreto o resultado.

Tantas vidas vivendo na utopia
da alegria, tão felizes venturados,
são os espertos ourives premiados
c'o palpável- co'as chances - co'a alegria!

Olho o mundo com olhos sepultados,
em meus medos, meus traumas amarrados
em meu cais, bem... Jamais eu partiria...

Poderia partir, bem... Eu queria...
Mas acabo sentado e amargurado,
vendo tudo levar-se em ventania.

E.. Ai vida, eis aqui a rotina seguindo um rumo novo, novos rostos e reencontro de velhos, o mundo da voltas mesmo, e as cores dessa vida estão ficando mais pastéis, e isso é bom. Pois o pastel é uma cor para boas lembranças futuras. E a vida é feita de lembranças.
Apesar de que andei cometendo algumas gafes e muitas coisas parecem passar por mim como areia entre os dedos... Logo, logo não vou ter mais nada.
As vezes é bom ficar no meu canto.

Essa semana ainda postarei uma “versão distorcida” com outras perspectivas de um caso que “ocorreu” na Igreja do Rosário, perto da escadaria do piano, sábado, de madrugada... É eu tenho uma mente meio doentia...

E...
é a vida...
E ela é boa.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Relento




Relento

Esses mundos internos, meu universo,
que desbravo adentrando pensamentos,
nesse mundo de etéreo sentimento
de memórias criadas que conservo.

Todo um mundo trancado vou fazendo,
feito um Deus em meu trono os observo,
e montando as histórias me disperso
ao moldá-las e velas se mexendo...

Nesses mundos internos eu sou Deus,
bem os crio sem tocar com dedos meus,
como um jóvem que inventa a sua paixão.

E por mais qu'eu recrie meus paraísos,
serão apenas uns fumos tão imprecisos
comparado à externa vastidão!

Milton Nascimento - Alunar

Alunar


Alunar, aterrar
Lá em casa minha mãe
Não parou de pensar
“Tudo em paz com nosso adeus”
Alunar, aterrar
”Assegure o amanhã”
E o sol vertical
Fogo solto na manhã
Alunar, ilusão
Ver Aquele Musical
Tudo em paz
Se eu morrer
Não me esqueço de você
Alunar, alunar
Fogaréu vertical
Aterrar, aterrar
Não preciso de seu medo, mamãe
Só morrer é seguro
Tudo em paz, tudo bem
Quero ver soluções
Boa noite, meu bem
Tudo em paz com nosso amor e depois
Só morrer é seguro
Anjos de cristal
Velharia lá de casa
Côres, corpos, casa
Alunar, aterrar
Assegure o amanhã
E o sol vertical
Velha estrela de latão
Ilusão, ilusão
Tudo bem com nosso amor
Alunar, aterrar
Lá em casa minha mãe
Não parou de pensar
Ver aquele musical
Tudo em paz, se eu morrer
Não me esqueço de vocês.

Alunar
Lõ Borges – Marcio Borges
Interprete Milton Nascimento em Álbum homônimo, uma melancolia muito forte aliás... Album de 1970.
Esses caras, Milton, Lo Borges, Beto Quedes e por ae vai... Eles tem muito do que acho eu só viria a aparecer mais tarde nos anos 80, com outro movimento artístico, que ignorou ao chegar a cá muito do que já fora feito....

Milton em especial (não é apenas um ponto de vista meu) parece ter alguma chama em comum com Cruz e Souza, uma melancolia que parece sendo apenas deles, apesar deles serem tão diferentes entre si, e em seus trabalhos. Seria magnífico ver um poema de Cruz e Souza musicado pelo Milton Nascimento... Posso ter certeza disso.

Bom, vale a pena sonhar.

Minha mãe colocava Clube da Esquina para mim escutar quando eu era pequeno, deve ser mais ou menos por isso que eu sou as vezes meio assim... Uma faixa em especial que faz de lembrar de meu berço acho, a faixa dez do Clube da Esquina. Outra música também é a Cravo e Canela, que me faz lembrar não sei porque de uma doceria que tinha em São Paulo, se não me engano, próximo a Praça do Por do Sol, dos meus primeiros seis anos de vida.

Fiquei anos sem escutar esse álbum e quando voltei me veio muitas lembranças de infância, mesmo que o sentido da letra não tenha relação, está ligado a determinadas memórias. Sendo outras em especial como, por exemplo, é a (faixa doze), sendo esse mais por uma identificação recente...
Misturado um pouco com o desejo de ter um quarto só meu... Bem, quem é TDA deve me entender de certo modo... Hoje em dia com o ouvido mais treinado e um pouco mais de noção para entender as letras, elas acabam ganhando muito mais peso do que quando pequeno, mas as vezes acho que as fantasias que eu tinha viajando naquelas composições inimagináveis fazia elas dentro de minha cabeça terem um tom ainda mais fantástico, muitas cores a mais... São dois albuns diferentes, cada qual com seus encantos... É a vida... Cada qual com uma relação com fases diferentes de minha vida... Como será o Clube da Esquina para mim quando eu for adulto? Ou quando velho? Como será todos os outros grandes álbuns de minha vida, como Quadrophonico de Alceu Valença e Geraldo Azevedo, ou os dois Magníficos Cantoria?

Esses álbuns são como o primeiro beijo, a primeira namorada ou o primeiro dia de aula, a gente nunca esquece e todos os demais serão uma sombra daquilo que passou, poderão ser tão bons quanto os primeiros, e alguns ainda melhores, mas não terão aquela mágica e aquela força...

Nossa... Tanta coisa apenas pelo fato de eu ter posto uma letra de música no blog, grande comentário... Mas agora não vou mais incomodar vocês, tenham uma boa tarde e até.

Abraços.

Marcel Angelo

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Garranchos




Garranchos

Nas singelas mãos dos pequeninos,
delicados dedos mal se movem,
segurando crayons, na cartolina.

Concentrados olhos, esses meninos
bem laboram coisas que absorvem
misturando cores que os fascinam.

Rabiscam, rasgam, se lambuzam,
andam, perdem, quebram um giz,
quebram todos, comem alguns.

E das cores usam, bem abusam
com os olhos feito um aprendiz
fascinado em tudo e em qualquer um.

Desenhando linhas, vem desenhos,
vão montando mundos insondáveis
vão formando fundos pensamentos.

Giz de cera arranham com empenho
das infâncias findas e intocáveis,
como tantos anos derretendo....

Doze cores todas na caixinha
são mais belas juntas que sozinhas,
são mais belas novas que as usadas...

E o desenho em traços garranchosos
mesmo sendo estranhos e horrorosos
são as mais puras obras desenhadas!