sábado, 5 de outubro de 2024
sábado, 28 de setembro de 2024
Coroa de Sal
quarta-feira, 8 de maio de 2024
Teimosia
sexta-feira, 6 de maio de 2022
Poema
Eu quero ver sangrar
eu quero ver ferver o mundo e brilhar o fogo
sentir o ar queimar
quero a terra arrasar com sal e sentir seu gosto.
Eu quero ver sangrar
e arder o medo em flor com crescente perfume
sentir a dor reinar
no circo feito em chamas aos berros o lume.
Eu quero ver sangrar
a dor perene aqui no corpo decompondo
e ver o céu chorar
a dor tempesta e o céu gemer um choro hediondo.
Eu quero ver sangrar
em mim, em mim sangrar o sangue de meu corpo
e queimar, vou gritar
eu só quero viver cá neste corpo morto.
Eu só quero sangrar
esvaziar a dor ao qual luto e reluto
e me despedaçar
e romper os meus músculos em fé resoluto.
Eu quero ver sangrar
meus pés, eu quero ver e perder o meu caminho
para poder salgar
não dar chance ao destino, me arrasto sozinho.
Eu quero ver sangrar
a pele que vou usar até romper os seus fios
e vou me arrembentar
nas pedras em um mar gelado convulso e frio.
Vou sangrar, vou sangrar
e do mundo recuso seu afeto e seu afago,
Quero ver se acabar
queimar Cristo na Cruz com todos os diabos!
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
O Mal (releitura)
sábado, 1 de setembro de 2018
Cidade
Cidade
dizem que são brasas de um incêndio,
como alguém acende um quarto.
Gaivotas
em tons e ventos aquarelados
pasteis de ideias, perfumes e notas
de um mar real, pois romantizado.
quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
Oitava-Retorno
Os velhos temas repetem,
tudo reincide em retorno,
as cores vertem de antanho
memórias fincam no entorno
marcando mapas, são pontos
e a infância tece o contorno
e os velhos temas rementem
ao que reincide um retorno.
Feliz 2018
segunda-feira, 27 de março de 2017
Cainho
Cainho
Eu sinto falta das estrelas
compassadas, no meu caminho,
as pontilhadas na janela.
O brilho rítmico em alinho,
dos postes presos na rua
de meu destino em desalinho.
Eu sinto falta e continua
o ensejo ausente de breu!
O asfalto em mim que me insinua...
O brilho em frenesi tão meu...
Anseia o beijo da rua a estrada.
Se anseia a alforria que pereceu...
Mas sinto a falta que alastrada
conduz na ânsia a culpa e a fome
de encoleirada dor claustrada.
A dor de um cão! Vida que some
na raiva, os dentes cá se estorcem
e rasgam a tez de quem os dome!
Sentir as luzes que distorcem
a vida prenha por perdê la
em sonhos nômades que sorvem-me!
Eu sinto falta das estrelas!
quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
Poema
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Ancestro
(outro poema reescrito)
Ancestro
Ela é tão distante
nada
e nada lhe tem sentido,
no vazio é só sua vontade
e só sua vontade
sobre o Breu fértil
que a gerou.
Em sua imagem e efigie
os seus olhos,
(um sinal de seus olhos)
o elo com o Feto
e a placenta.
Que se consomem.
Ela se chamou Origem uma vez
tão distante,
que o sentido é outro
outras as suas leis.
E sua fome,
sua libido,
sua sede,
seu desejo..
Ecoam como um lamento.
Por entre nosso mundo,
em outa frequência.
Um choro num cárcere,
nada
e nada lhe tem sentido.
Poema
Reescrevendo poemas antigos.
Poema
Essas coisas, essas coisas
todas quase tolas
são tênues entre,
entre tudo
tantas baboseiras
como, tal agulhas
fincadas
em cada nervo
e em cada junta...
No centro, no picadeiro.
Olhares escurecidos,
estavam todos comidos
no asco mais verdadeiro.
E o medo mais sublime
horror mais insondável,
as cracas me rasgando
na borda da piscina.
A pele desprendendo,
me deixa nú, na carne
exposta em sala de aula
com todos os meus brinquedos...
No centro do círculo,
essas coisas, tantas coisas
exposto o ridículo,
eram coisas, eram coisas bobas...
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
POEMA
POEMA
Outros mundos nas esquinas me esperam.
Outras vidas nos faróis me esperam:
mundos ermos e de sóis letargos
brilham fracos nos lençóis da noite,
como planos naufragados
como aquelas no jardim de infância,
velho vento vagabundo
me trazendo aquela estância...
como um lobo na matilha errada