segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Selvagem

O Selvagem

Numa praia fictícia
feita em sonhos e memórias
se vê cenas impossíveis
de felizes, de ilusórias
noites belas já perdidas
co’a menina d’outra história.

D’uma história acinzentada
pelas bocas da verdade
desse mundo que balança
para o mal e pra a bondade
e que a luva do destino
lhe roubou a felicidade.

E um medroso de garoto
dos mais tímidos bufões
um palhaço enamorado
pela bela das menções
no fim nada, no fim nada!
Só restou umas canções.

Pra garota, tal menina
do qual cursa ensino médio
e tem vida bem saudável,
e o garoto imerso em tédio
com sua vida tão enfadonha,
só via nela seu remédio.

E a menina se diverte
em suas redes, as sociais
em seu mundo tão distante
com as tais vidas, tão normais
que confunde o tal garoto
de viver noutros jornais.

O garoto com seu mundo,
tem seus livros e teorias
sem pessoas e personagens
só as estantes e a poesia
que só sabe viver sonhos
e sonhar com utopias...

E a menina com garotos,
tem amigos, tem amigas
tem cinemas e tem shows
com as noites e com vida
tendo os cortes, e os afagos
dias felizes, e feridas.

E o garoto, como sempre
bem distante solitário
ele apenas desejava,
tela perto, gram otário
este mundo não habitava
taciturno um solitário.

Amizades cultivou,
e em tal mundo conheceu
tantos outros, tantas chagas
ele tanto as aprendeu
com as noites e com vida
nessas terras se prendeu.

E a tal dama, conquistou
e em semanas foi feliz,
mas a mesma se afastou
em costume que condiz
de listinhas, de vitórias.
De verdade tão infeliz...

E o grande, gran bufão
para tudo, é um estranho
tem seu reino em seus escritos
não é nesse gram rebanho
mas porém, ele não aceita
ser um sóbrio em tal tamanho.

Mas sua mente inda é a mesma,
de seus tempos, tão recluso
fora menino selvagem
nesse mundo é um intruso.
De incertezas, sempre a parte
e com sigo? Tão confuso...

Hoje vive n’outras terras,
ralas redes, as sociais
sendo parte de matilhas
mas sua origem, seus quintais
sempre fora a solidão
nunca as vidas naturais.

Ele quando fecha os olhos
volta aos reinos, seu reinado
os seus mundos, a sua praia
onde espera do seu lado
a menina de seus sonhos,
p'ro selvagem, p'ro isolado...


Perdoem a gramática...
Esse poema é antigo, digamos, obrigado pela indicação e tudo mais mas vai demorar um tempo para eu postar algo novo, esse poema é de 2007, digamos, meu computador pifou e não posso nem salvar para ler nem talvez postar novos escritos.. Então por um tempo vou postar umas velharias, talvez vocês gostem, e algumas coisas novas também.
Esse poema escrevi nuam tacada só, é uma mistura de vários acontecimentos na minha vida com um toque bem MARCANTE de fantasia...
Abraços.

Essse selvagem talvez se valha, vendo agora, em relação ao selvagem também do admirável mundo novo, apesar de que eu escrevi esse poema bem antes de ler o livro.

2 comentários:

  1. É um poema extenso. Hoje os que se dizem poetas e os que são de vero, em maioria, não tecem este tipo de verso, talvez pelo fato de vivermos em época remota, cansativa, que para alguém de vinte e poucos anos ler um livro inteiro é um suplício! Pelomenos é esta a realidade aqui no Rio.

    Sempre gosto de ler tuas poesias, há uma misticalidade, não sei dizer ao certo o que é, este poema, mesmo sendo antigo, 2007, está perfeito, e fecho os olhos aos "erros" gramaticais, afinal, o sentido e o tema não se perdem.

    abraços e boa semana

    Espírito

    ps.: devias ver os meus de 2005, rsrss

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  2. lamentei saber que vai demorar a postar. e este poema, muito lindo. a história de duas pessoas e dois mundos sempre se encaixa à nossa história em algum momento de nossa vida. Cotidiano e perfeccionista.

    p.s.: Gramática perfeita. nem formal, nem informal demais!


    Blog Suicide Virgin

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