quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cidade Modelo




Cidade Modelo

Folhas, papeis que mofam na humidade,
tempos perdidos, todos no bolor,
descasos sempre casos de rancor
e de apatia com tudo da Cidade.

Dizem os deuses:”Nada de verdade
desses registros tem agum valor.
Não dão dinheiro a história é um torpor
dos atrasados, vã futilidade...

… Meras mentiras mornas, tal besteira;
Se a tua cidade quer é ser moderna
tem que esquecer enfim dessas asneiras!”

Dizem em palcos belos, de finos mármores,
enquanto o povo imerso na baderna,
por uns espelhos, cortam as suas árvores.

Um comentário:

  1. sobre teu poema:
    rima bem feita, tema bem escolhido, soneto singular, mas tenho uma pergunta: pois sua alma nele? é bem verdade que muitos escrevem poesia para curar suas mágoas, usam os versos como divã, e dizem sou poeta e sei de tudo! mas aida existem os que fazem sua arte como uma mãe que alimenta um filho, ou como um louco que conversa com Napoleão, e sei que certamente este é teu caso, por isso é de se estranhar que você diga que não agrada, basta ter um pouco do senso poético para gostar da tua poesia.

    Sobre o que você comentou em meu poema.
    Me espantei... hoje em dia a rima e a métrica não agrada muito, tenho a idéia que isso se deve a banalidade que tantos cultivam. tudo hoje é banal; o amor, a mulher, o dinheiro e querem banalizar a poesia também... mas sou contra a essa banalidade. "Amaranto" foi feito em noite de insônia e é um soneto que particulamente eu gosto, saiu assim, acho que os "erros" embelezaram ele. mas fiquei lisongeado com tua crítica, poucas vezes uso a métrica e na maioria dos meus poemas encontam-se as rimas, procupo-me com o que eu passo, com o tema e o desenrrolar da trama...

    ps: um soneto nem sempre é igual, Baudelaire fez um 3/3/4/4 pra nos mostrar o quanto se pode ser versátil! abraços!

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