sábado, 7 de fevereiro de 2009

Faróis

Essas lanternas sorrindo me afastam,
essas pessoas em seus grupos fechados
mundos diversos que dormem ao lado,
mesma cidade que ao encontro me arrastam.

Olhos abertos brilhando encostados
na luz do rosto meu, mundo escancaram
como se fossem lanternas devastam
as minhas sombras, meu mundo ofuscado.

Vulto de mundos de assuntos terceiros,
mundos de além dos assuntos que tenho,
longe das mãos e dos braços mantenho,
bem afastados dos fachos certeiros.

Vultos de luzes tão fortes são brancas
luzes que queimam em traumas, complexos
jogos pessoais de milhões de reflexos
que em cortes fincam e a dor nunca estanca!

Malditos rostos, lanternas que queimam,
na solidão os almejo e os desejo,
e se os alcanço os afasto em desprezo,
mesmo que os queira, mesmo que queiram.

Tal como um barco temendo atracar,
rodeio e contato os contatos precisos,
circulo a costa, mas sempre indeciso,
bem permaneço esquecido no mar.


Outro beeem pessoal...

Um comentário:

  1. olá amigo!
    acho que realmente o inconformismo é um dons dons do poeta, e tens, e mostras
    repito que tua posia agrada
    não sei se é porque eu encotro algo similar ao que penso nela
    não se é porque eu admiro a sinceridade poética
    mas ela agrada
    sempre em frente!!!

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