quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Rimas Repetidas


Rimas Repetidas

Em um mar sem estrelas,
em um céu sem espuma
em seu prédio tu apenas
se tornou luz nenhuma.

E no breu da bebida
e no gás, gasolina
a fuligem, tua vida
se perdeu já menina.

Na janela, do prédio
que levou tanta gente:
operários, suicidas
que choviam tão frequentes.

Na janela, no tédio
duma vida de escapes
não tem rumo que escape
do solvente e seu assédio.

Éres dama em castelo,
a fantasma, já podre
não tem príncipe e anelo
pr’outra vida, nem houve.

E n’um mar sem estrelas,
e n’um céu sem espuma
e n’um prédio ela apenas
se tornou luz nenhuma!

Um comentário:

  1. Olá Poeta Marcel
    venho hoje lhe dizer que há um selo pra vc em meu blog, vejá lá!

    grande abraço

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