As vezes o lápis empaca,
na frase imprecisa, que falta,
na rima pensada que estaca
na ponta da língua a peralta.
As vezes as mãos tão cansadas,
se queixam da frase de efeito,
clichê que resume-se em anda,
que risco tal faca no peito.
As vezes os olhos vermelhos
cansados das letras forçadas
reclamam e queimam do nada...
Talvez só alergia ao cabelo.
As vezes idéias apodrecem
sem nuca acabar no papel
em um melancólico fel
que se perdendo padecem.
E essas mesméricas queixas,
tem um só sentido a razão
é só mea rotina que deixa
sem ter o que mais ver... Solidão.
Início de ano, ilhado, sem ter o que fazer e torrando o pouco que me resta na lan.
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