segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Ossos Retorcidos





Ossos retorcidos,
num fractal como um broto,
de uma semente infeliz.
Como uma muda esquecida
entre pedregulhos em um planeta vazio.

Cresce confrontando os astros,
formas perfeitas. É, em gênese
dor consciente e ciente de si.

Entre esferas perfeitas o grotesco acode
 o coro das almas, seus anseios
a aceitação de um vaso quebrado.
A necessidade de encaixe em um mosaico de cacos de vidro.

O grotesco acode os anseios das almas,
distante das esferas, do inquebrantável
silêncio do eterno.
O grotesco, ossos retorcidos
cresce na súplica do desespero
como uma prece, uma chance
de Caos acordar o Éros.

Acho que estou voltando a escrever, eu  fiz um soneto no  ônibus esse dia, mas esqueci de salvar ele...

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