segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sonares


Sonhai sonares que sondam os mundos,
que buscam coisas perdidas, as almas
que nuncam abrem seus mundos concretos.
Que nunca sonham desejos secretos
que mudam sempre pra outros assuntos
que nunca olham pra cima com calma.
Sonhai sonares que sondam os mundos...

poema antigo, sei lá de que tempo, tava vasculhando a bagunça que é meu pc e achei, tem um comentário no recantodasletras sobre ele, falando de uma poesia fria, mas não no sentido ruim...

domingo, 21 de agosto de 2011

Medusas




Sucumbe em lumes escuros, lanternas
de todo’s homens perdidos em Letes,
caindo d’entre as figuras fraternas
pois dor e morte seguram suas vestes.

Os lumes clamam na voz sempiterna
por gozo no caos em que a tudo reveste,
e os lumes clamam por vidas eternas
distante enfim d’algum fim que os proteste.

São dentes estes, na porta do Inferno,
de cracas loucas na fome perdida
por todo resto de vida que anseiam.

São cinzas sombras de um trauma que interno,
te lembram mais hospedeiros sem vida
com vermes dentro que gritam e esperneiam!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Anjo


Os anjos pisam na terra vermelha,
é tudo gente perdida no sal,
menina, gente de velhas centelhas
tão longe elas do dito normal.

Seus rostos passam por algo banal,
e o brilho negro no olho espelha
um mar tão denso de natural
que tinge o céu que se assemelha.

E eles todos trabalham, suas vidas,
são vidas dentro de luas conhecidas,
café conhecem, também televisão.

Sentir consegues, os anjos, no abraço
que faço e nós, na luz de um facho
num beijo cabe sentir a pulsação.



eu realmente estou enferrujado, não consigo escrever nada...
esse é do mes passado

Metamorfose

Metamorfose

Era uma moça de outros verões,
velhas primaveras de tempos perdidos
n'outras variáveis e n'outras monções,
que se tornou forte nos sonhos vencidos...

Um redemoinho teimoso e revel,
que se desmanchara na noite em que o sol
já se desbotara nas folhas ao léu
e se aprisionou nas pás de um moinho...

Sua cor era azul por debaixo dos nimbos,
qualquer tempestade virou maquilagem
e o gelo do sul das distancias eternas
vão ter por lembrança seu rosto e seu corpo...
Na noite em que eras azul nos nimbos...

Mas os seus cabelos de cachos se foram
todos recortados e todos perdidos
pela rebeldia juvenil, na tesoura.
..mais um personagem nascido...

tinha publicado faz tempos, porém eu o apaguei....

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PL 84/99: DIGA NÃO à ditadura digital




http://www.avaaz.org/po/save_brazils_internet/

acesso ao património cultural brasileiro? nunca!!!! somos obrigados a escutar calypso
alguns segundos atrás

mandar pm bater em professor pode
filho de empresário estuprar colegas de sua escola pode
mas baixar a discografia do zé da flauta nunca!
o dinheiro que não gastamos com cd gastamos no show...

em compensação quando eu quero comprar algo só em Portugal eu acho em português
é que aqui como editora e outros meios acham que cultura é coisa de rico, um livro em Portugal é mais barato importar do que comprar a edição daqui por exemplo.

além disso editora,gravadora, distribuidora é muito famosa por menosprezar o público e o artista aqui, logo, se não tiver pirataria não se tem acesso á produção cultural no Brasil por exemplo, e ao do exterior
Brasil não é só o rio e também não é calypso, por mais que tentem jogar na nossa cara

Gaivotas - Luiz Delfino

Do crespo mar azul brancas gaivotas
Voam - de leite e neve o céu manchando,
E vão abrindo às regiões remotas
As asas, em silêncio, à tarde, e em bando.

Depois se perdem pelo espaço ignotas,
O ninho das estrelas procurando:
Cerras os cílios, com teu dedo notas
Que elas vêm outra vez o azul furando.

Uma na vaga buliçosa dorme,
Uma revoa em cima, outra mais baixo...
E ronca o abismo do oceano enorme...

Cai o sol, como já queimado facho...
Do lado oposto espia a noite informe...
Tu me perguntas se isto é belo?... e eu acho...


Luiz delfino


soneto que não sai da minha cabeça, principalmente a chave de ouro.

Tanto stress, essas féria não consegui escrever nada realmente aceitável.
Saudades dos meus tempos de hignorância no ensino médio, como se hoje eu não fosse.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fitas


Fitas

N’um baile as cores se entrelaçam,
em tantas fitas, é sujeira
de penas todas se embaraçam.

E estas cores são raízes
de muitas vidas que rasteiras,
faceiras morrem tão felizes.

E finda a festa do momento,

No chão desbotam ao relento.