quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Trovas brejeiras e três outras tristes



Trovas

Cabelos que cacheados,
lembram ramos de videiras
n’um corpo que curvilíneo
zonza mais que bebedeira.

Tal moça é bem pequena,
jeito de amora madura
doce por dentro e por fora
tanta delícia fulgura...

Tal moça vive sua vida,
com outro vive também,
talvez eu seja o problema,
comigo não vive ninguém.

Moça de folhas que ao vento,
são folhas mortas, se esvaem...
Mundo que vai se perdendo,
são jeitos velhos que caem.

Bem eras de folhas verdes,
com vida dentro e por fora,
mas algo te fez tão fraca...
Sua cor é castanha agora.

Sementes co’o tempo crescem,
as boas e também as más
se espalham por todo o corpo
e o outrora enfim, se desfaz.
...

2 comentários:

  1. cada palavra de um poema, docemente colocada nos versos, cada um com sua sonoridade e peso.

    http://terza-rima.blogspot.com/

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  2. Belo poema!
    Gostei como escreve e descreve.
    Seguindo ^^

    http://outonopluvial.blogspot.com/

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