Mas,
é não querer dormir,
tendo outro  novo dia,
medo dessas fiandeiras
que tecendo por porfia
vertem lenços de rotinas,
feito inveja e covardia.
Mas, mas é querer dormir,
sem  perder-se na tormenta
como o velho marinheiro
que no mar não se atormenta
pois sua casa virou mar...
Outro mar não mais lhe esquenta...
Mas, é só querer dormir
tendo o mundo lá girando
doutro lado da procela
todo mundo se afogando...
Ondas batem na janela,
nos lençóis vou afundando... 
 
 
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