domingo, 13 de outubro de 2019

Soneto


Soneto

“Escrevi uma carta e a deixei por ai
desfazendo na água d'algum momento,
com mensagens expostas no relento
de mortalha brasões em chãos que varri.

São palavras não ditas, fragmentos
de lembranças morrendo bem aqui
é um lugar, as memórias que exauri
formam frases composta no tormento.

É mortalha e Ulisses perdeu o destino
como a culpa em Morfeu, no desatino
de, quem sabe? Querer comemorar...

É papel que pensara em preservar
o troféu da carta morta e só,
meu silêncio selado torna ao pó.”

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