sábado, 16 de agosto de 2014
Catoblepas
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Catoblepas
Na estrada sinto seu cheiro
poeira cá do serrado
que abre o mar do sertão.
Lembrança deste estrangeiro
perdido pelo passado
olhando pelo portão.
Toda estrada leva para algum lugar,
entre as sebes a promessa do tesouro
dentre os dentes do Catoblepas,
sobra a dúvida,
em algum lugar o tesouro,
a promessa de saber.
Toda estrada me furta um destino
me chafurdando na terra.
A loucura de saber quem sou,
Catoblepas me mostrou o segredo
as pessoas que eu talvez seria.
A prisão porventura do “ou”
eu sou apenas aquilo que cedo,
eu sou resto do que poderia.
Toda estrada leva para algum lugar,
entre estes destinos, sentir-se à parte
frente aos olhos do Catoblepas,
a certeza,
a perda e a morte do que não fora,
a promessa de saber.
Toda escolha me furta um destino
me chafurdando na terra.
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