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Desmoronando Pasárgada - Raescla Oliveira
Desmoronando a Pasárgada
do pernambucano Bandeira
desmoronando os muros
da ilusão de Bandeira
ou de qualquer poeta, qualquer homem 
 que ainda não despertou do devaneio
 do “Campo dos Persas”
 não há rei!
 Não há cama!
 Nem há mulher alguma
 Que queira deitar contigo
 Mata-te, pois não há Pasárgada
 Mata-te, pois aqui não é Pasárgada
 Desconstrói esse sonho machista
 Anda, quebra as paredes de Pasárgada
 e  mata-te, pois aqui não há recanto para os teus sonhos
 não há banho de mar e nem bicicleta
 As prostitutas não querem te namorar
 Se são bonitas como dizes, que te importa
 Porquê ainda permanece a sonhar?
 Não há cama!
 Não há rei!
 Mata-te, pois Pasárgada não nasceu
 Morreu nos teus sonhos e dos poetas
 Dos falsos poetas jamais conhecedores das mulheres, mas
 que estão sempre a descrevê-las
 e continuam a esperá-las em camas e em reinos
 como o de Pasárgada
 Sempre na descrição desses homens
 Foram as amantes, as esposas ou as prostitutas bonitas
 Morram todos, pois aqui não é Pasárgada
 Morram no desabamento da Pasárgada dos seus sonhos
 Contracepção e aborto
 Zaratustra, os persas, a religião 
 Proibição
 Contraditória Pasárgada, morre nos teus sonhos bobos
 Morram todos, pois aqui não é Pasárgada
 Morram no desabamento da Pasárgada dos seus sonhos. 
 
 Raescla Oliveira
 

 
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