domingo, 12 de maio de 2013

Contraponto



Contraponto

A cidade cheira à liberdade,
onde nomes podem todos agora
serem outros, serem novos por hora
serem velhos, serem d'outras verdades.

Nestas faces, rosto que se ignora,
onde tudo verte mil realidades,
dentro está a rotina estranha beldade
que se esquece, que se mata e não chora.

A cidade cresce e expande por dentro,
se devora, como quem se digladia,
um cardume insano e são e autotrófago.

A cidade brilha todo momento,
e sibilam cantos que de alforria
cá se emerge mundos autotróficos!

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