domingo, 18 de dezembro de 2011

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Durma,durma que os seus olhos outorguem o mundo dos seus sonhos. Onde sua sanidade seja certa, seja soberba de todas as realidades inatingíveis; como uma criança em uma sorveteria, a escolha mais prudente é sempre provar um pouco de cada sabor...
Todas as oportunidades possíveis na eternidade de um sonho... Quantos se perderam no caminho? Sós e engaiolados, sozinhos em mundos vastos e populosos em um etéreo e esplendoroso artificialismo.  Quantos paraísos imprecisos de realismos superiores, de uma tênue  liberdade irônica. Tragicômica natureza morta.
Durma, durma que não tem limiar entre o nosso e seu mundo, e o terrível reflexo revela realidades que os olhos censuram, num esmero pela verdade que almeja distancia dessa senil limitação. Durma, durma que todos os segredos vão emergir como afogados de bocas costuradas, atadas, querendo na barca assomar e berrar e urrar um uivo ancião, ulular todos os segredos, liberar como moscas em suas bocas antes que o Silencio os engula.
E venhas a acordar, se esquecendo.

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