sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ascensão





Ascensão



O Sol queima meus olhos de fuligem,
 Um sol todo de cores esquecidas.
 Universo se abrindo em nova origem
 Feito em cantos de vozes destruídas.

 E percebo fantasmas com suas vidas
 afogados na dor que todos fingem
resistir, em suas casas demolidas
tem janelas trancadas na vertigem...

 E o sol queima meus olhos apagados
 e percebo em cada ponto cego
 um demônio querido que renego.

 E pressinto, são vultos que afogados
 na garganta, num fogo que me anela
desistir e abrir todas as janelas!

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