quarta-feira, 23 de junho de 2010

Justiça obriga Manaus a reduzir tarifa de ônibus

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,justica-obriga-manaus-a-reduzir-tarifa-de-onibus,570485,0.htm

Justiça obriga Manaus a reduzir tarifa de ônibus
22 de junho de 2010 | 18h 16
A tarifa dos ônibus deve mudar em Manaus, voltando a R$ 2,10, de acordo com decisão da juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal, Maria Costa de Andrade. Em liminar respondendo à Ação Civil Pública do Ministério Público do Estado, fica suspensa a tarifa de R$ 2,25 cobrada desde 10 de junho por decreto do prefeito Amazonino Mendes (PTB).
Na decisão, a juíza ordena que a tarifa atual seja suspensa em até 72 horas "sob pena de multa no valor de R$ 1.000,00 ao dia, até o limite de 90 dias-multa". O prefeito havia reajustado a tarifa de R$ 2,10 para R$ 2,25.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,justica-obriga-manaus-a-reduzir-tarifa-de-onibus,570485,0.htm

e aqui em Desterro, é 2,95 e o as empresas falam que é impossível a tarifa ser mais baixa...

o que que o resto do Brasil tem que nós não temos?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Passagens, candelas, preces e epitáfios


Podem estar um pouco confusos, estes dois triolés e este rondel...
Apesar de que eu gostei deles, de “Prece” e “Epitáfio” especialmente.

Epitáfio é o mais antigo, de anos atrás, mas o vejo como um presente, com uma história por trás, mas uma história um pouco triste... Eu o reformei, e acho que está melhor, bom, eu mesmo acho que o eu de antes concordaria comigo agora...

Candelas foi feito durante uma aula, na verdade antes dela começar, disciplina de América Portuguesa, porém as caravelas podem não ser embarcações.

Prece foi feito acho que do domingo passado para segunda...

Bem, a gramática nunca foi o meu forte.

...

Passagem

“Querem escutar os tépidos nomes,
sombras de memória antiga e dormente,
querem escutar os tépidos nomes,
mortos sem porvir e sonhos dolentes,
alma que sem fogo enfim se consome
toda no passado, imersa em rancores
toda na memória estéril que some
leve como tempo e estanca-se as dores.”

Candelas

Caravelas perdidas ao vento,
naufragadas no azul d’oceanos,
são refúgios d’azuis pensamentos,
caravelas perdidas ao vento
são anacrônicas sombras de tempos
tão estrangeiros, no abismo dos anos
são candelas perdidas ao vento
naufragadas no azul d’oceano...

Epitáfio

Tu foste as cores dos planetas,
os pendurados no meu quarto
e foste as luzes, foste feita
de tod’as cores dos planetas
e foste os mundos, a luneta
que mostra os mundos no qual parto
e foste as cores dos planetas,
os pendurados no meu quarto.

Prece

Volte como a volta de um passado,
vezes some e às vezes reaparece
feito um sonho vago que fenece
n’um antigo mundo abandonado.

Volte pela noite que padece...
Pelo sonho fraco e inacabado
volte como a volta de um passado.
Vezes some, vezes reaparece...

Volte como os traumas naufragados
pela trama velha que esmaece.
Para os nossos sonhos ofuscados
volte como o dor que fez a prece.
Volte como a volta de um passado.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Rebatendo no Caso

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A repressão em Santa Catarina


Por mais precário que seja o Estado de Direito em nosso país e todos os legalismos que o cercam, é certo que ações repressivas e autoritárias não condizem e não devem mais condizer com um país que aos poucos vai aprendendo a lidar com os limites da democracia. Nos vinte e um anos de ditadura militar (1964-1985), o Brasil experenciou o silenciamento dos movimentos sociais, da imprensa livre e de todos e todas que não concordavam com a política da mordaça e de seus vínculos nefastos com agências internacionais coniventes com a tortura e o desprezo às garantias individuais de cada ser humano. Nesta direção, Santa Catarina tem dado péssimos exemplos para todo o país.



A Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) foi invadida por rigoroso aparato repressor no último dia 31 de maio, num inequívoco desrespeito aos direitos constitucionais, à livre expressão e organização da sociedade civil representada, neste caso, por estudantes (desarmados e pacíficos). Houve quebra da inviolabilidade do espaço acadêmico; utilização de armas que emitem eletrochoques e que causam paralisia momentânea, estratégia também utilizada para reprimir professores recentemente no estado de São Paulo. Tais armas já estão sendo alcunhadas de ‘paus-de-arara portáteis’. A repressão se dá contra estudantes que lutam por um transporte coletivo de qualidade e que apresenta as maiores tarifas do Brasil, denotando as escolhas políticas do poder público municipal por práticas privatistas e desrespeitosas à população de uma maneira geral. Estudantes e professores da UDESC foram, literalmente, encurralados no campus do Itacorubi.


Neste sentido, está ocorrendo intensa mobilização por parte de educadores e professores da UDESC e da UFSC na denúncia e apuração dos fatos ocorridos no final de maio. Fatalmente, isto será levado ao ministério público como abuso de poder estatal (seria melhor dizer governamental). Fica-nos aqui uma referência vergonhosa de tudo aquilo que aos poucos vamos expurgando de nosso imaginário coletivo, mas que ainda está muito manifesta nas ações do Estado quando sem qualquer habilidade dialógica reprime, viola, tortura, agride e quer silenciar! Porém, a história nunca silencia.

Jéferson Dantas
Florianópolis, Santa Catarina, Brazil
Professor, compositor, ensaísta e doutorando em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pesquisador/articulador dos Estudos do Currículo na Comissão de Educação do Fórum do Maciço do Morro da Cruz. Escrevo, eventualmente, para o jornal A Notícia (Joinville/SC). Autor de quatro livros (Suspenso e Alheio, Metabólise, Do que é do Humano e Competências e Habilidades e a formação docente no contexto das Leis 5.692/1971 e 9.394/1996 em Santa Catarina).


BLOG DO JÈRFESON DANTAS

O que é, o que é?

Aqui o link para a página CLICRBS

14 de junho de 2010 |Felipe Lenhart



O que é, o que é?

Em 2005, durante uma das primeiras manifestações de estudantes contra os aumentos abusivos do preço das passagens de ônibus na capital, um cinegrafista da TV Floripa, que acompanhava a passeata da garotada na Avenida Beira-mar Norte, gravou o momento em que um PM espancou um rapaz de 22 anos chamado, ironicamente, Luiz Henrique. Se não me engano, na frente de todo mundo – motoristas, transeuntes, manifestantes.

O vídeo, divulgado antes na internet, ganhou os portais de notícia e os telejornais. Meu amigo Fernando Evangelista, jornalista, escreveu naquela semana uma carta aberta ao então secretário estadual de Segurança Pública, Ronaldo Benedet – então na Europa. O repórter, que também acompanhava toda a movimentação e viria a dirigir o documentário “Amanhã vai ser maior”, título que faz referência à crescente participação popular na mobilização, em resumo perguntou a Benedet: mas que diabos está acontecendo nesse Estado?

Para alguns, a carta soou exagerada, mas hoje, por tudo o que já se descobriu a respeito da Segurança Pública em SC, ela revela-se de vanguarda. Em outras palavras: aquele vídeo do espancamento, estopim da carta, foi um escândalo, ainda que parecesse um “fato isolado” (um rapaz, um PM, uma câmera indiscreta); hoje, seria mais um flagrante para a coleção de abusos/absurdos oficiais que ganham o noticiário nacional com frequência cada vez maior.

Prisões arbitrárias, tortura de presos, maus tratos, celas superlotadas, presídios e delegacias em situação calamitosa, corrupção de agentes e delegados e diretores em conluio com traficantes e assassinos (do churrasco festivo ao passeio em carros oficiais), envolvimento descarado com a política partidária e o voto de cabresto, truculência na abordagem e no acompanhamento preventivo de protestos populares pacíficos, aumento do número de assassinatos, roubos e arrombamentos. Segurança Pública e Defesa do Cidadão.

Em 2005, Afrânio Boppré, deputado estadual então do PT, recebeu uma cassetada da polícia. Essa semana, o jornalista Cesar Valente contou, no Twitter, que a deputada Angela Albino (PCdoB) foi agredida por um policial numa das manifestações contra o aumento que tornou mais barato andar de carro do que de ônibus. Soco pelas costas, diz ela.

Como é mesmo que se chama o regime político em que de vez em quando o povo e a oposição apanham das forças policiais nas manifestações de rua?

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sonho




Sei dos sacys e de demônios
nos maus lençóis dos pesadelos,
pois me perdi lá nos meus sonhos
e me custou para rompe-los.
Foi num sonho tão antigo que me voltou
lá das bandas da infância com seus mistérios
Retornando inseguro ao que se passou
eu me vejo num mundo tão incerto e sério.

- Me perdi no lugar dos esquecimentos...

Um sentir no meu peito, de ter partido,
um viajante que volta, ninguém se importa,
e lá tudo letarga e não é perdido.
Eu tão velho, retorno rangendo a porta.

Com meus faróis abri caminhos,
na escuridão, nos velhos medos
onde encontrei meus conhecidos
dos que esqueci sob segredo.

- Sensação d’uma perda e envelhecimento...

E na jornada no meu sono
envelheci dentre lembranças,
reles sem-tetos no abandono
entre a penumbra em minha infância...

E entretido em reaver os velhos legados,
eu me perco em suas relíquias, no recordar
me embaralho no apreço co’o meu passado,
sem saber mais qual fora o meu real lar.

- Desespero de vagas e afogamento...

Relato da repressão policial dentro do Campus da UDESC

* Favor divulgar.

Florianópolis, 01 de junho de 2010




À Comunidade em geral,



Relato da repressão policial dentro do Campus da UDESC


Ontem, dia 31 de maio de 2010, os estudantes de Florianópolis, juntamente com a Frente Única de Luta pelo Transporte Público, deram início a 4ª semana de manifestações contra o aumento abusivo da tarifa de ônibus - dos já abusivos R$ 2,80 para R$ 2,95.

Assim, após às 18h, cerca de 20 manifestantes da UDESC iniciaram sua manifestação pelo lado de fora da Universidade.Neste momento, chegou ao local uma viatura da PM, que ficou somente observando a manifestação pacífica. Em pouco tempo foi possível ouvir o soar das sirenes que pensamos ser de uma ambulância num momento em que a via encontrava-se bloqueada pelos manifestantes e, assim sendo, abrimos caminho. Ao deslocarmo-nos para o canteiro percebemos que o soar das sirenes eram de 4 viaturas do GRT (Grupo de Resposta Tática).

Com isso fomos para a calçada ao lado dos portões da Universidade, ao passo que o grupo de GRT já deslocava-se de suas viaturas. Vieram em nossa direção com as armas Taser e avançaram sobre um estudante da UDESC. Jogaram-no ao chão, espancando-o, enquanto alguns manifestantes tentavam puxá-lo para que este não fosse preso. Contudo, devido à truculência do GRT, acabaram caindo e o discente foi preso.

Em meio à essa primeira demonstração de violência da noite, os alunos que presenciaram o fato correram para os centros da Universidade, chamando a atenção de estudantes, professores e funcionários para o que estava acontecendo. Em poucos minutos todos se dirigiam para frente da UDESC, protestando contra os abusos cometidos pela polícia que tomava novas proporções: tornou-se, também, uma indignação generalizada diante do uso abusivo da força por parte da Polícia.
Com isso os manifestantes que aglutinavam-se no centro da cidade deslocaram-se para a UDESC. Nesse meio tempo alunos contatavam professores. Com a chegada do pessoal que estava no Centro, os manifestantes entraram na universidade e fizeram uma Assembléia (o clima estava tenso, pois havia vários policiais infiltrados, famigerados P2).

A assembléia encaminhou a continuidade do ato, entretanto a polícia havia fechado a outra saída, fazendo com que não tivéssemos como sair de dentro do Campus I da UDESC. Desta forma, voltamos para frente, no portão principal. Tentamos seguir em direção a UFSC, mas a qualquer tentativa de bloquear as ruas as viaturas avançavam em alta velocidade, cantando pneu, sem preocupar-se com a segurança dos que ali estavam. Ficamos impedidos inclusive de caminhar pela calçada, ficando presos pela obstrução da polícia. Tal atitude impedia também os demais alunos e funcionários de saírem com segurança da Universidade, pois eram ameaçados com armas de choque.

O Ministério Público do Estado já havia dado aval para que a polícia utilizasse de todos os meios “legais” para que as principais ruas e avenidas não fossem trancadas.No entanto, a via que ocupávamos ontem sequer estava citada em tal nota, assemelhando-se este documento ao AI5 da época da ditadura. E foi utilizando esses aparatos “legais” que por volta das 21h30 a Polícia invadiu o campus e agrediu estudantes dentro da universidade, fazendo-se uso de gás de pimenta, armas taser, cassetetes e chegando a apontar arma de fogo na cabeça de estudante (a última feita por um P2). Soma-se a isso empurrões, socos, chutes, como o caso de estudante que foi atingido nos órgãos genitais. A manifestação que se pretendia pacífica logo se tornou uma ação incontrolavelmente violenta. Vale enfatizar aqui que nem na época da ditadura era concebível a polícia adentrar as universidades.

Das prisões realizadas na calçada em frente à UDESC e dentro do campus, a maioria estudantes da UDESC. Totalizava-se assim, juntamente com a prisão realizada por volta das 20 horas e 30 minutos, 5 detidos. Foram encaminhados para a 1ª DP e para a Central de Polícia, com exceção de um dos estudantes que passou pelo posto avançado da madre Benvenuta, 5ª DP, 1 ªDP e para a Central de Polícia. Os detidos foram liberados somente de madrugada, após assinarem o termo circunstanciado.

Diante dessa situação, professores da UDESC se deslocaram para o local, dentre Chefe(s) de Departamento(s) e Diretores de Centro. O tenente-coronel Newton Ramlow informou a um(a) dos professores que havia detido pessoas infiltradas de São Paulo, que não faziam parte do movimento e que vêm pra cá só pra causar confusão, além de um estudante da UDESC que estava “incomodando” desde as 7:30! Tomando nota de quem foram as pessoas detidas logo constatamos que a informação não era verídica.

Foi iniciada uma cobrança pelas vias institucionais, solicitando um posicionamento da Reitoria da UDESC contra a repressão policial ocorrida na noite de ontem. Na hora das atrocidades cometidas pela polícia, fecharam-se as portas para os manifestantes que procuravam ali alguma segurança.

O fato ocorrido ontem é mais uma evidência concreta da criminalização dos Movimentos Sociais em nosso país e no mundo! Repudiamos a invasão do Campus e a ação violenta da polícia! Repudiamos a nota do Ministério Público do Estado! Repudiamos a criminalização dos Movimentos Sociais! Nossa luta é por um Transporte Público de qualidade!

Assinam:

DART - Diretório Acadêmico de Artes
DAOM - Diretório Acadêmico Oito de Maio
CALGE - Centro Acadêmico Livre de Geografia
CAH -Centro Acadêmico de História
CAP - Centro Acadêmico de Pedagogia
CAMUS - Centro Acadêmico de Música
CAAB - Centro Acadêmico Augusto Boal

quarta-feira, 2 de junho de 2010

INVASÃO DO CAMPUS DA UDESC PELA POLÍCIA MILITAR




INVASÃO DO CAMPUS DA UDESC PELA POLÍCIA MILITAR
NOTA DE REPÚDIO

Aos trinta e um dias do mês de maio, em virtude de uma manifestação estudantil na entrada do campus universitário da UDESC (bairro Itacorubi), contrária ao aumento das tarifas do transporte coletivo de Florianópolis, a Polícia Militar de Santa Catarina, conduzida pelo coronel Newton Ramlow, além de agredir verbal e fisicamente os estudantes, efetivou prisões e invadiu o campus universitário.
Conforme nota de repúdio elaborada pela APRUDESC (Associação dos Professores da UDESC), “apesar da alegação de ‘garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos’, o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veículos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.”
A diretoria da Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Florianópolis repudia tanto a violência contra os manifestantes, como a entrada da Polícia Militar no campus universitário, duas agressões que se contrapõe diretamente às normas de um Estado Democrático e de Direito, e solidariza-se com as necessárias reivindicações da população de Florianópolis.


Diretoria Executiva AGB-Florianópolis

COMITÊ DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO

Nota de Repúdio da Direção do CFH-UFSC!

Disponível em http://cfh.ufsc.br/ em notícias!

Em função dos acontecimentos e da repressão ao movimento dos estudantes contra o aumento das tarifas e a qualidade dos serviços dos transportes públicos em Florianópolis, a Direção do CFH manifesta repúdio a quaisquer tipos de violência praticados contra os estudantes e os trabalhadores, que através de manifestações pacíficas e criativas, lutam pelo direito de expressão de suas reinvindicações.

Direção do CFH
NOTA DE REPÚDIO À INVASÃO DA UDESC PELA POLÍCIA

Na noite de 31 de maio, frente a uma manifestação de estudantes na entrada principal do campus da UDESC no Itacorubi, contrária ao aumento das tarifas de ônibus urbanos na capital, uma ação da Polícia Militar, sob o comando do tenente-coronel Newton Ramlow, resultou na agressão, no espancamento e na detenção de pessoas, com invasão do campus da UDESC.
Apesar da alegação de "garantia da ordem e do direito de ir e vir dos cidadãos", o aparato policial, paradoxalmente, prejudicou o fluxo de veiculos, confinou os estudantes dentro do campus e promoveu uma sucessão de atos de violência e brutalidade. Policiais armados de cassetetes, arma taser, gás pimenta e cães criaram um confronto desigual e inadmissível em contraste com os manifestantes, que promoviam uma passeata pacífica, fundamentada em uma postura de cidadania legítima e coerente com o que se espera de acadêmicos críticos e preocupados com os problemas da cidade em que vivem, entre eles, o estado vergonhoso do transporte coletivo de Florianópolis.
Este lamentável acontecimento foi presenciado por vários professores, que tentaram inutilmente mediar a situação, cujas consequências podiam ser vizibilizadas no terror dos estudantes acuados, temerosos diante da truculência dos policiais envolvidos.
A ADFAED - Associação dos Docentes da FAED e a APRUDESC - Associação dos Professores da UDESC consideram que o acontecido envolveu uma dupla violência: contra os manifestantes e seus direitos de livre expressão e associação, e contra a Universidade, cujo dever é justamente o de promover o debate, a reflexão, a crítica e o respeito aos direitos civis.
Repudiamos, portanto, a invasão do campus da UDESC pela polícia militar bem como as agressões cometidas contra os estudantes, e exigimos que as autoridades competentes atentem a seus deveres constitucionais, como requer um Estado democrático e de direito.


Ilha de Santa catarina, 1 de junho de 2010

ADFAED e APRUDESC


Sargento Soares critica prisões de estudantes que se manifestam contra aumento da tarifa
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01/06/2010
A prisão de quatro estudantes na noite de segunda-feira (31/05), em manifestação contra o aumento das tarifas do transporte coletivo realizada na Udesc, motivou o deputado Sargento Amauri Soares a falar sobre o assunto na Tribuna da Assembleia Legislativa.
O parlamentar classificou as manifestações de “justas, necessárias e importantes”, motivadas por um ciclo vicioso que privilegia o transporte privado em detrimento do coletivo. “Os poderes públicos trabalham para satisfazer a ganância de lucro de meia dúzia de empresários do transporte coletivo, que é uma concessão pública, e quando a juventude se manifesta contra aumentos, a polícia é chamada para reprimir os manifestantes”, disse. Para Sargento Soares, o aumento da tarifa é “abusivo, criminoso e atenta contra os interesses públicos da população da Grande Florianópolis”.
O deputado criticou o comando do policiamento feito pelo tenente-coronel Renato Newton Ramlow, que a partir da segunda semana das manifestações, passou a prender os jovens – mais de 20 já foram presos –, além de jornalistas, e reprimir os manifestantes em sua saga de combater os movimentos sociais.
Sargento Soares sugeriu o desenvolvimento de uma política pública de transporte para as grandes cidades, envolvendo todas as esferas de governo. “A responsabilidade é das autoridades municipais, estaduais e federais. É uma vergonha e a população fica refém e a mercê dos interesses dos empresários que se enriquecem à custa da espoliação do povo trabalhador das maiores cidades”.

http://www.youtube.com/watch?v=pHAym78lw4Q
http://www.youtube.com/watch?v=TzcPi--Bah8

COMITÊ DE LUTA PELO TRANSPORTE PÚBLICO


Pesso por favor, que qem puder, espalhem, o máximo possivel.

Nota, estou apenas repassando a informação.