segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O Dragão





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FiLH









O Dragão

Um dragão voa,
pedaços de ferro cantando engrenagens,
uns trapos de tinta em desgaste de uso,
mas o dragão voa.
No percurso
das espadas de Jorge
nos projetos de Santos,
no percurso
das lendas que vivem nas ânsias d’adultos,
pedaços de gente contando passados,
e o dragão voa
no azul das férias do tempo de escola,
numa hora esquecida na tarde
lá pelas memórias apagadas da infância...
Mas o dragão voa,
nos cabelos que nadam no vento,
no percurso da Bike perdida
num pouco de tinta em desgaste de uso,
nos pedaços de ferro sonhando engrenagens...

Mais uma tentativa de verso livre...
Gostaria de comentários,
estava escutando Yann Tiersen e talvez Cerebral Pain quando escrevi o poema...

2 comentários:

  1. Amigo, o verso livre, assim como o branco, em certas vezes é mais "preso" do que livre... tem gente que diz que a rima não é usual, tem gente que diz que o moderno é a escolha certa e tem gente que venera Hitler...
    teu poema está ótimo, verso livre ou não, verso é verso... mesmo sendo adverso rsrs

    abraço!

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  2. verso livre... pow adorei, tinha visto seu esmero nos sonetos... eeste nao fica atrás. igualmente belo e trabalhado.

    http://terza-rima.blogspot.com/

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