sexta-feira, 2 de julho de 2010

Versos de Vento




Fiz ao jejum e ás três da manhã estes poemas, morto de sono, com fome e sem pensar direito. Acredito que saíram confusos... Mas eles me atraem, gostaria da interpretação de outras pessoas...

Versos de Vento

Eu viajo n’um dia no vento...
Albatroz d’azul sentimento,
ou candelo versos de vento
num atroz, feliz rompimento...

Em um vento vindo do frio,
d’algum vento sul, tempestade
que carregue para o vazio
a fumaça desta cidade.

E eu viajo algum dia no vento...
Como as velas, velhos farrapos,
tal mendigo sujo nos trapos.
Com farelos já me contento...

...no relento, longe da Terra
vou viajar n’algum dia, nas vagas...
Pr’a encontrar o canto que encerra
meu Desterro azul que me apaga.

Sonares

Sonhai sonares que sondam os mundos
e buscam coisas perdidas das almas,
aquelas findas no cinza difuso,
corais confusos, nos mundos concretos.
As almas cinzas num mundo em desuso,
que nunca sonham desejos secretos
e mudam sempre p’ra outros assuntos.
Sonhai sonares que sondam os mundos,
sonhai co'as coisas confusas da alma.

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