terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Expurgo


Expurgo

Na barca dos loucos partem
p’ra longe das sóbrias pessoas
num mundo distante que vem
em letras largadas por outros.
E os velhos senhores dali,
os sóbrios, se enfiam em malogros.

Na barca dos loucos remessam
aos mares distantes e mortos
os fatos de antigas verdades,
trancados nas mentes de mornos
problemas, pessoas inocentes,
despejos que partem dos portos.

E os sóbrios medrosos nos olham,
com olhos de mortos, escravos
dos velhos problemas de sempre,
são eternos sintomas e os cravos
não escondem a sina presente
e temem o mar vasto e bravo.

E enquanto se afasta do porto
a barca dos loucos varridos,
o povo respira de alívio
temendo o convívio e o castigo
de olharem nos olhos de espelho
dos filhos pra sempre perdidos.

E os loucos enxergam as luzes
das velhas cidades nos rotos
de cada assustado no porto,
de cada um dos torpes desgostos
e sabem partir de um lugar
mais doente do que um esgoto.


Meio fraco ao meu ver... Agora....
Logo logo coisas melhores, basta eu ter um lugar para digitar...

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