terça-feira, 21 de julho de 2009

Christina

Christina

Pele morena de tempos passados,
rosto: um sorriso de mel delicado,
cachos castanhos soltados, sonhados,
soltos, serenos segredos guardados.

Olhos castanhos de amêndoas-castanhas.
Densos sabores tão tenros, de estranhas
chamas contidas, retidas, tamanhas
gemas de ferro, tão densa tüa manha...

Olhos de fogo perpétuo em sorriso,
doce dïabólico gesto preciso,
leve reflexo tão certo e conciso,
lábios calados, tão tímidos risos.

Gestos de fada, com dedos de fada,
mãos delicadas por dom, são prendadas
sedas macias, surdinas sonatas,
feitas de sonhos, p’ra serem sonhadas!

Olha p’ro chão, n’um ar encabulado,
chama “Christina” o crachá pendurado,
em um uniforme amarelo e amassado...
- Ela trabalha n’um supermercado!


poema do início do ano, para uma Christiane que trabalha no imperatriz, atendente, nunca falei ou me dirigi a ela, mas bem, ela me lembrava uma amiga, e estava escutando flamenco e resolvi escrever esse poema.
Caso gostem...
Bom é isso ae... Espero posteriormente ter mais tempo e fazer uns post melhores...

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