domingo, 30 de agosto de 2015

Morte




Morte,
não tem promessa
é  aquilo que os mortos temem.
Enfrentam a porta do quarto de seus pais.

Os dias devem morrer,
todas as horas são horas mortas
e ela dança seguindo seus passos
no rastro das memórias apagadas.
Como quem brinca de pular poças
como quem brinca de amarelinha.


O tempo ermo da rotina
é um piso, um degrau
é aquele amigo esquecido
e a porta
aquele quarto demolido.

É aquilo  que os mortos temem.
Em frente á porta do quarto de seus pais,
o garoto perdido é um estranho,
comutado.

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