domingo, 30 de agosto de 2015
Trovas
Retorno
Um velho morreu no mar,
n’algum lugar dentre as vagas,
o frio fisgou-lhe no peito
e aos peixes, dividas pagas.
Juventude
A cena se repetindo,
no tempo como algum trauma,
O Enforcado na estrada,
o sacrifício e sua alma...
Tempo
O varal cá balançando
o tempo está pra brincar,
co’as crianças no quintal
e a fé de que vão voltar...
Morte
Morte,
não tem promessa
é aquilo que os mortos temem.
Enfrentam a porta do quarto de seus pais.
Os dias devem morrer,
todas as horas são horas mortas
e ela dança seguindo seus passos
no rastro das memórias apagadas.
Como quem brinca de pular poças
como quem brinca de amarelinha.
O tempo ermo da rotina
é um piso, um degrau
é aquele amigo esquecido
e a porta
aquele quarto demolido.
É aquilo que os mortos temem.
Em frente á porta do quarto de seus pais,
o garoto perdido é um estranho,
comutado.
é um piso, um degrau
é aquele amigo esquecido
e a porta
aquele quarto demolido.
É aquilo que os mortos temem.
Em frente á porta do quarto de seus pais,
o garoto perdido é um estranho,
comutado.
sábado, 8 de agosto de 2015
Desconcerto
O final não consiste
No que valha me a pena
Se esta tudo aos pedaços.
No que valha me a pena
Se esta tudo aos pedaços.
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E jogaram no palco
De talco toda nua
Nossa musa queimaram.
-
E jogaram no palco
De talco toda nua
Nossa musa queimaram.
-
Com todo o meu rancor
No terror da empatia
Acender a fogueira.
-
No terror da empatia
Acender a fogueira.
-
Pois queira ou não me queira,
É mentira eu queria...
Me despir do pudor.
-
É mentira eu queria...
Me despir do pudor.
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Me vestir no pavor
De sentir me sem chão
De esquecer o meu nome.
-
De sentir me sem chão
De esquecer o meu nome.
-
E matar a platéia
Numa idéia de alforria
De querer me aceitar.
-
Numa idéia de alforria
De querer me aceitar.
-
Vem matar a platéia
E o teatro tem fome,
Todos os nossos nomes.
E o teatro tem fome,
Todos os nossos nomes.
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