segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Choro


Choro
O choro a se ouvir, cobre cada canto
um misto de dor, dó e de compaixão
gemido de tom frio e de desencanto
sentido de cor fria e desilusão.


Todo espaço queima em vão no chão
todo o tempo queima em si no pranto,
esse grito teima a dor de um não,
essa cor se abre em flor de um canto.

O choro a se ouvir, torce e se farfalha.
Tem gosto de anis de azul  doce tom
que beija um batom neon tão colorido.

E abre num fio em fel, feito navalha
abrindo em minh'alma a dor num som,
no peito a emergir um pomo encardido.

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