sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Sangue Frio



Sangue Frio

Na doença mais insuspeita, no medo mais inerte eles se deliciam com nossos pensamentos. Na doçura das dores parasitas...
Felizes, no breu mais doce observo imerso nesses dois, na inveja, na dor dos infelizes rancores, no medo mais inerte que perverte meus sentimentos salvos de deleites alvos e pueris... Eu os observo, os observo como um lagarto na parede, paro meus batimentos presentes ao ódio ígneo que me seduz e queima e reluz tão vermelho e denso como meu sangue sujo, seco e sujo... Alimentem-me.
Olhe toda aquela liberdade aquarela, aquela alva e alegre alegria de almas ascendentes em suas aventuras amorosas... Há! Como uma tênia me delicio e nutro-me com aquela cena, vampirismo, feito um fantasma insano assombrando esta cena alegre. Como uma sombra voyeur ou qualquer turvo e confuso horror escondido.
Dizem que o lagarto tem fascínio pela face humana...
Sangue frio de um vazio que inveja, todo olho que encara deseja algo da alma de outrem. Queremos permutar algum lume raro... Eles, eu, estes de sangue frio querem e sabem que querem algo que não sabem o que é. E podem, como eu, qualquer ato, mas não consideram.
Eu os quero e almejo com todo o ódio possível em um destrutivo ato de amor, pois eu quero de volta tudo aquilo que deixei definhar na indiferença.  Mesmo que não tenham e justo essa natureza infiel privar-me? Tão jovens e tão tolos, como os quero, quero-os como um demônio em uma garrafa...




Detalhe, nem tudo o que eu escrevo é pessoal, eu entro em personagens....

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