sábado, 15 de maio de 2010

Soneto


Eu Desejo voltar n'um recomeço,
cavalgar sob estrêlas nas campinas,
e dormir sob o céu que não conheço,
pois nos prédios as luzes são assassinas.

Horizontes sem tetos me fascina!
Angustiado sem fôlego padeço,
de um momento liberto dessa sina,
no concreto que armado foi meu berço.

Numa caixa cresci albino e cego,
feito os seres d'olcutas galerias,
feito um príncipe débil no castelo.

Enlouqueço nas jaulas e não nego,
sou perdido nos sonhos, fantasias,
que em meu crânio tão frágil eu martelo!

Poema antigo, feito em 2006

Um comentário:

  1. ah caro amigo, tal arte nunca será para mim,vois que sois um gênio por faze-las, amei sua dica esta na minha lista de compra.

    te indico os meus eternos e sempre atuais, poetas de almas e loucuras, poetas que me fazem sorri e chorar

    Manuel Bandeira
    Mario Quintana
    Manoel de Barros

    Grandes abraços

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