Mais um Soneto
O seu perfume vem dos livros amarelos,
cheira á segredo de desejos d’outra gente,
e o dos seu cachos, maranhados de cabelos
vão como as vagas deslizando sob o pente.
Sinto sua pele de madeira, docemente
como a janela que me afasta os pesadelos,
e nos seus lábios eu me enleio em um mel ausente
n’um docemente tristemente desespero.
E sei que enxergas na sua vida e nos meus olhos
algum futuro que presumo: É distante,
tal atuneiros lá no oceano, tão estrangeiros...
Só que, menina de madeira, vi os abrolhos
e pressenti que o meu lugar é nas estantes,
e o seu destino é os romances passageiros.
Poema meio antigo...
Logo postarei coisas mais novas.
Início de 2009
lindo soneto, queria eu fazer poesia em soneto, acho-os belo mais minha poesia é assim
ResponderExcluirhttp://tallesazigon.blogspot.com
tão solta mau consigo agarrar. abraços, me visitas, tô começando agora e preciso de opiniões