sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais um Soneto



Mais um Soneto

O seu perfume vem dos livros amarelos,
cheira á segredo de desejos d’outra gente,
e o dos seu cachos, maranhados de cabelos
vão como as vagas deslizando sob o pente.

Sinto sua pele de madeira, docemente
como a janela que me afasta os pesadelos,
e nos seus lábios eu me enleio em um mel ausente
n’um docemente tristemente desespero.
E sei que enxergas na sua vida e nos meus olhos

algum futuro que presumo: É distante,
tal atuneiros lá no oceano, tão estrangeiros...

Só que, menina de madeira, vi os abrolhos
e pressenti que o meu lugar é nas estantes,
e o seu destino é os romances passageiros.

Poema meio antigo...
Logo postarei coisas mais novas.
Início de 2009

Um comentário:

  1. lindo soneto, queria eu fazer poesia em soneto, acho-os belo mais minha poesia é assim
    http://tallesazigon.blogspot.com
    tão solta mau consigo agarrar. abraços, me visitas, tô começando agora e preciso de opiniões

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