Cainho
Eu sinto falta das estrelas
compassadas, no meu caminho,
as pontilhadas na janela.
O brilho rítmico em alinho,
dos postes presos na rua
de meu destino em desalinho.
Eu sinto falta e continua
o ensejo ausente de breu!
O asfalto em mim que me insinua...
O brilho em frenesi tão meu...
Anseia o beijo da rua a estrada.
Se anseia a alforria que pereceu...
Mas sinto a falta que alastrada
conduz na ânsia a culpa e a fome
de encoleirada dor claustrada.
A dor de um cão! Vida que some
na raiva, os dentes cá se estorcem
e rasgam a tez de quem os dome!
Sentir as luzes que distorcem
a vida prenha por perdê la
em sonhos nômades que sorvem-me!
Eu sinto falta das estrelas!
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