Poema Antigo
Um tempo todo de luz e janelas,
azul que esvai-se nas nuvens do quarto
que vejo enquanto me vejo deitado,
lençóis que esvaem- se e a memória esfarela.
Deveres todos por fim atrasados
pois certas coisas não morrem tão fácil,
pois cada traço que brilhe tão frágil
tem mil pilares d’Heróis encostados
E o vento todo de luz e janelas
são alvas aves que voltam pra casa,
do frio tempesto que a asa extravasa
são velhos restos de outras procelas.
azul que esvai-se nas nuvens do quarto
que vejo enquanto me vejo deitado,
lençóis que esvaem- se e a memória esfarela.
Deveres todos por fim atrasados
pois certas coisas não morrem tão fácil,
pois cada traço que brilhe tão frágil
tem mil pilares d’Heróis encostados
E o vento todo de luz e janelas
são alvas aves que voltam pra casa,
do frio tempesto que a asa extravasa
são velhos restos de outras procelas.
E lembro d’olhos perdidos nos ares
olhando nuvens distantes do quarto,
gaivotas soltas num plácido e farto
um farto vôo que mescla-se aos mares.
olhando nuvens distantes do quarto,
gaivotas soltas num plácido e farto
um farto vôo que mescla-se aos mares.
No gosto todo de luz e janelas,
me lembro d’ almas de velas tamanhas,
destino este de grades estranhas,
com mil vitrines de luz paralela.
me lembro d’ almas de velas tamanhas,
destino este de grades estranhas,
com mil vitrines de luz paralela.
E vejo os barcos dos outros destinos,
que tive antes de tudo escolher
o ser distante que nunca vou ser
pois fiz escolhas já quando menino.
que tive antes de tudo escolher
o ser distante que nunca vou ser
pois fiz escolhas já quando menino.
Existe um poema antigo?...
ResponderExcluirgostei das rimas, Marcel. Sempre vou me identificar com o que você escreve, enquanto for assim totalmente.
Abraço!