quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Angustia

 
Angustia
 
Tudo que se torna vago,
preso num pesar doentio,
como o peso do mundo em Atlas
dentre o morno tédio e o frio.

Tudo que retorna vago...
Feito tal o olhar de Hades,
velho e não senil, imerso
tornara abismal a idade.

Vago de potência estranha,
como dos destinos mortos,
vago de um pesar imenso
feito um turbilhão absorto.

É um remoinho de extremos,
mundos, dimensões, jornais,
rostos que de medo tremo
pelos seus feitios  normais.

Vago que concerne o Todo,
preso na maré banal,
morto saturando a mente,
criara o Abismo infernal.

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