sábado, 1 de setembro de 2018

Gaivotas



Eu vejo o sul no olhar das gaivotas,
no gelo azul do céu ao fim das vagas,
o anseio profundo de estar em frias rotas,
sopro fundo de um lar que se apaga.

Memórias vagas, revoam em seus bandos
de asas brancas, cinzindo visões
de Mundos vistos do céu em gerações,
memórias breves de um mar se dissipando.

Eu vejo o gelo no olhar das gaivotas,
(no gelo o anelo do céu com suas nuvens
de branca espuma) e apetecem  as rotas
d’outrora, mares de anis que as seduzem.

Eu quero o mar no olhar das gaivotas,
em tons e ventos aquarelados
pasteis de ideias, perfumes e notas
de um mar real, pois romantizado.


poema de 2009 reescrito.

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