quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Sol Vermelho



Sol Vermelho

A cabeça dói pois meus olhos cansam,
se nem tudo vejo não sei se vivo.
Com meus olhos sãos eu não sou passivo
pois d'olhos abertos os meus dias andam.


Um vermelho arde em tom compulsivo,
meus cansados olhos eles flamam,
eles queimam fracos e recessivos.
Vibram para a luz que tanto amam.


E se vedo eles o tempo grita
e me perco enfim na ordem dos fatos.
Da ordem das coisas me perco enfim.


A cabeça dói na loucura aflita
dos meus míopes olhos, jugos de pathos,
arrancá-los-ia para além de mim.


Feito ano passado, dezembro.

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