Alto se percebe o som dos pecados humanos, um grito eterno e imensurável de um gutural escuro. As repetições de frases em meio à ferrugem de barcos que abrem a por ta do inferno. As pedras dizem em um silêncio apático, rostos nas pedras fincados esmeram o firmamento esperando um regalo da superfície.
Escadas se erguem e tombam, colidem levantadas por mãos
profanas, presas ao solo acinzentado. Tudo reina em um silêncio ruidoso,
refletindo o estouro antecipado ao
infinito, a eterna espera e o riso insolente do desespero. O riso insolente do desespero tem as
portas cerradas, o riso soterra
passagens em seu cinismo.
Como um pesadelo, como aquele que devora os frutos da fome,
a gula e o ímpeto e a ânsia eterna sob o pensar demais.
A nuvem que baixa é neblina, como o sonho, o inferno e o
vale dos suicidas. O desejo da estrela e do firmamento é a grade sobre a égide do riso de Cérbero: Esta
afirmação sem alma, o arquétipo do policialesco, a coleira e a ordem.
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