quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Paisagem


Paisagem

Vejo monges nas estradas
estão no tempo ancorados,
postes que estranham o tráfego
presos... nas margens curvados.

Vejo, tempos ancorados
presos pelas paredes,
gárgulas nestas  janelas
rostos de inveja em sede.

Vejo meus velhos amigos,
em cada quarto são anelos
sob medos e memórias
sob traumas, pesadelos.

Vejo sonhos afogados
pelo asfalto e pelo afeto
retorcido e deformado
pelo gesto do  concreto.

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