Tédio
Berço de ferro envolto em fumaça,
nesta cidade estranha e cinzenta
onde o destino acaba sem graça,
quando em fracasso bem se contenta...
Veja a cidade assim agourenta,
onde a rotina entregue se embaça
pela memória eterna e poeirenta,
pérola inerte e eterna desgraça...
Pérola inerte e eterna mordaça...
Vida que passa enquanto o recreio
monta o teatro e encena o romance.
Medo, quem sabe alguma pirraça?
Feita de cor mais quente e um recheio
tipo um licor que tudo desmanche?
Ah tédio!!
ResponderExcluirmas o soneto ficou 10!