Paisagem
Onde tudo fora passado,
onde nada resta fazer,
resta apenas ver-se no tudo,
se resume apenas em ser.
Onde tudo almeja sua luz,
afogada dentre afogados
tantos corpos, corpos que mortos,
gemem nomes frios e apagados.
Onde tudo dorme esquecido,
aquecido em dor no silêncio,
rostos velhos tão conhecidos
rotos lumes, brio de um incenso.
Onde tudo, tudo, e tudo verte
um grito solto e silente
na agonia que rege os espaços,
mundo mudo vago e impotente.
Adorei, Marcel. É triste e se encaixa, mas não ao ponto de ser suave. O sentido vai para o lado que quiseres.
ResponderExcluirSe triste, te afogas. Se feliz, nem ligas. Enfim, esse poema é "onde tudo, tudo, e tudo verte".