segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Coisas que escrevo no trabalho...



No mundo não tem destino,
não tem regras, nem tem dados,
no mundo não tem respostas,
nem segredos ocultados.

Nem tudo que é perfeito,
ao nosso mundo é ideal
pior é crer no destino
e esperar por um final.

Perder, perder e perder
é ver o tempo vencendo,
em ondas levando tudo
e os sonhos perecendo.

O tempo rege com esmero
tudo que morre com ele
todas as perdas, as faltas
todo o vazio é só dele.

Onde os destino convergem,
tudo teima um recomeço,
brilha um medo repentino
de ser aquilo que mereço.

For e jardim.



Era ela flor, jardim
era ela aquarela flor
pela dor, puro amor, sim
era ela aquele amor.

Era ela apenas flor,
flor carmim d'algum jardim
do sonhar e de almejar
ser no fim algum amor.

Era ela apenas flor,
flor de flora florescente
tom de estranha tentação
com um medo tão presente.

Era ela apenas flor
flor de sonhos revelados
na confusão, no esplendor,
de um passado machucado.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Choro


Choro
O choro a se ouvir, cobre cada canto
um misto de dor, dó e de compaixão
gemido de tom frio e de desencanto
sentido de cor fria e desilusão.


Todo espaço queima em vão no chão
todo o tempo queima em si no pranto,
esse grito teima a dor de um não,
essa cor se abre em flor de um canto.

O choro a se ouvir, torce e se farfalha.
Tem gosto de anis de azul  doce tom
que beija um batom neon tão colorido.

E abre num fio em fel, feito navalha
abrindo em minh'alma a dor num som,
no peito a emergir um pomo encardido.